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Antonov está sondando fábrica no Brasil, mas Lula pode atrasar projeto, diz jornal

ATUALIZAÇÃO: Esta informação foi posteriormente negada pela Antonov, como pode ser visto em outra publicação do AEROIN.

Antonov An-124

Um dos maiores símbolos da grandeza ucraniana, a Antonov, esteve no Brasil sondando uma fábrica no país, mas as falas de Lula podem enrolar o negócio. A fabricante do maior avião do mundo, o An-225 Mriya, que foi destruído por forças invasoras russas no ano passado, a empresa tem procurado um novo lugar para se estabelecer, à medida que o conflito na Ucrânia se encontra estagnado e sem resolução a curto prazo.

Rumores surgiram nos últimos meses da Antonov procurar o Brasil, longe geograficamente da Rússia e países aliados de Putin, e que com grande tradição aeronáutica igual à Ucrânia, para estabelecer uma nova linha de produção.

O jornal Metrópoles apurou que no último dia 11, representantes da fabricante ucraniana que também tem sua própria companhia aérea, se encontraram com Lucas Ferraz, secretário de Negócios Internacionais do Governo de São Paulo, para sondar a possibilidade da empresa vir para o Brasil em um futuro não tão distante.

Este tipo de conversa seria normalmente feita diretamente com a Presidência da República, mas pelas falas de Lula ao igualar a Rússia com a Ucrânia, invasor e vítima, causou um mal estar não apenas com os países ocidentais, mas também com a Antonov, que teria deixado de ver o Brasil como neutro.

O fato do país ser parte do BRICS não seria um empecilho inicial, mas uma possível aproximação do Brasil com a Rússia, maior que feita por outros membros do BRICS nos tempos recentes, fez com que a Antonov preferisse aguardar para uma definição de “lado” do do governo brasileiro na guerra nos próximos meses.

O plano seria para investir US$ 50 bilhões em cinco anos, com uma fábrica de 70 mil metros quadrados para produzir aviões comerciais. Uma possível parceria com a Embraer não foi mencionada, mas seria um caminho natural já que a fabricante brasileira procura no exterior novos parceiros, dentre eles a Índia.

A aproximação da Ucrânia com a OTAN após a invasão também pode beneficiar este possível ‘casamento’, já que a Embraer anunciou o A-29N no padrão da aliança militar e a SAAB, fabricante do Gripen e maior parceira estrangeira da Embraer hoje, em breve estará no rol de indústrias de países da OTAN, com a entrada da Suécia no bloco.

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