Ao Tribunal, Boeing diz que vítimas do 737 MAX “não sofreram na queda do avião”

Boeing 737 MAX Ethiopian
Divulgação – Boeing

Os advogados da Boeing batalham ainda na justiça para que a empresa não precise pagar indenizações adicionais no caso dos acidentes com o 737 MAX. No último andamento de um dos processos, movido por famílias das vítimas do segundo acidente, com o MAX da Ethiopian Airlines, a Boeing alegou que não precisaria pagar compensação.

Os advogados da empresa alegaram em um documento do tribunal, segundo o Wall Street Journal, que “a queda foi repentina e não teve tempo para que o cérebro das vítimas processasse os sinais de dor, angústia e sofrimento emitidos pelo sistema nervoso”.

A alegação estava acompanhada de um laudo de um especialista, mas foi questionada por várias famílias e, inclusive, um piloto de 737 que foi colocado como testemunha e afirmou que, pela altitude que a aeronave estava até o chão, teria tempo suficiente para que as pessoas entendessem que estavam caindo, assim como gerou um tremendo aumento da força “G”, facilmente perceptível pelo corpo humano.

O caso ainda está em julgamento na Corte de Illinois, onde a Boeing tinha sua sede e escritório principal. O acidente de 2019 da Ethiopian teve 157 vítimas fatais, todas que estavam a bordo do 737 MAX da companhia, que entrou numa descendente por um defeito de fábrica em um dos sensores.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

Veja outras histórias