A Boeing foi ordenada a se apresentar a um tribunal do Texas em 26 de janeiro para enfrentar acusações criminais federais. O indiciamento da fabricante foi assinado por um juiz federal texano pelos dois acidentes fatais envolvendo sua aeronave 737 MAX, embora a empresa ainda tenha imunidade de processo criminal.
Tal imunidade foi concedida pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), dois anos atrás, como parte de um acordo de US$ 2,5 bilhões após os acidentes em 2018 e 2019 que mataram um total de 346 pessoas e imobilizaram o tipo por 20 meses.
Na época, a penalidade criminal real da Boeing era de US$ 244 milhões, cerca de 10% do total de US$ 2,5 bilhões do acordo. O saldo inclui US$ 500 milhões a serem pagos aos parentes das vítimas do acidente e US$ 2 bilhões para compensar as companhias aéreas por entregas atrasadas.
Questionada pela imprensa americana, a Boeing não comentou a decisão, mas apenas deixou claro que responderá o que for perguntado pela justiça.
Paul Cassell, um advogado que está lidando com o caso pro bono para as vítimas, diz: “As famílias apreciam a decisão do juiz de que a Boeing será tratada como qualquer outro réu em processos criminais federais e indiciada. Alguns membros da família estão planejando viajar para o Texas na próxima semana” para abordar a empresa criminalmente responsável pela morte de seus entes queridos”.
Cassell também entrou com uma nova petição para retirar a imunidade da fabricante.