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Apesar de pedido do setor aéreo, autoridades bolivianas se recusam a dialogar e país pode acabar isolado

Foto – DepositPhotos

A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) alerta que a recusa das autoridades bolivianas em atender ao pedido de diálogo com a indústria aérea representa um problema iminente de isolamento do país na conectividade aérea.

Como visto na semana passada, a ALTA e a Associação de Linhas Aéreas da Bolívia (ALA Bolívia), em representação das companhias aéreas que operam no país, manifestaram sua profunda preocupação sobre a impossibilidade de os operadores no país acessarem dólares americanos no sistema bancário local, após a recente exigência do fornecedor de combustível de receber pagamentos exclusivamente em dólares americanos (USD) no país.

O grande desafio está na exigência de pagamento desse serviço em dólares americanos, e não em bolivianos – moeda local com a qual as passagens aéreas são comercializadas e, portanto, a fonte de receita dos operadores no país. Essa medida, em um contexto de acesso restrito a divisas, coloca em risco a possibilidade de adquirir combustível e, como resultado, a continuidade dos serviços aéreos.

Segundo a ALTA, é fundamental que o governo boliviano assuma a responsabilidade por essa situação e tome medidas urgentes para facilitar o acesso a divisas ou viabilizar pagamentos em bolivianos.

A falta de ação governamental não apenas ameaça a continuidade dos serviços aéreos, mas também coloca em risco a economia do país, que depende fortemente do turismo e do transporte aéreo para o abastecimento de bens essenciais, além de viabilizar a importação e exportação de itens destinados a mercados que tradicionalmente consomem a produção boliviana.

Atualmente, mais de 70% dos turistas chegam ao país por via aérea, contribuindo com cerca de 5% do PIB nacional e mais de 5% dos empregos diretos e indiretos. Produtos essenciais, como medicamentos, vacinas, smartphones, reagentes de diagnóstico e peças para turbinas, também chegam ao país por via aérea.

“Esperamos que o governo atenda com urgência a esta solicitação e dialogue com a indústria para implementar soluções imediatas e viáveis, garantindo a continuidade de um serviço essencial que possibilita a mobilidade da população, sustenta milhares de empregos e assegura o fornecimento de insumos para a população”, ressaltam a ALTA e a ALA Bolívia.

Informações da ALTA

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