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Após 10 meses, avião e tripulação pegos com 200 kg de droga voltam ao seu país de origem

Imagem ilustrativa

Depois de dez meses apreendido na República Dominicana, voltou ao Canadá a aeronave CRJ-100ER de matrícula C-FWRR, da Pivot Airlines, segundo dados de plataformas de rastreamento de voos. A aeronave e toda a tripulação haviam ficado detidos no país caribenho depois que mais de 200 quilos de cocaína, no valor de US$ 25 milhões, foram encontrados dentro da aeronave.

O caso

Ao partir de Punta Cana em 5 de abril de 2022, os tripulantes descobriram e denunciaram os narcóticos guardados em oito mochilas no compartimento de aviônicos da aeronave. Contudo, cinco membros da equipe foram detidos e encarcerados, supostamente em condições deploráveis, antes de serem mantidos em prisão domiciliar.

“A mídia canadense cobriu a detenção e os supostos abusos dos direitos humanos perpetrados contra nossa tripulação enquanto lutávamos contra a corrupção sistêmica. Uma sub-nota da história foi a retenção ilegal de nossa aeronave pelas autoridades dominicanas”, comentou o CEO da Pivot Airlines, Eric Edmondson, em um comunicado nas mídias sociais.

“Desde que a tripulação voltou para casa em 2 de dezembro, nosso foco principal se voltou para a aeronave. Hoje à noite, após uma longa partida de xadrez o avião voltou para casa”, disse ele.

O Ministério Público da República Dominicana sustentou ao longo do tempo que atuou dentro de sua jurisdição, com o devido processo legal e dentro de suas obrigações legais durante a detenção da tripulação e da aeronave.

“O Ministério Público tem atuado no marco dos princípios que regem o Estado de Direito, respeitando as garantias do devido processo legal, e submetido suas ações, conforme exigido por lei, ao escrutínio de juízes perante os quais os investigados tiveram a oportunidade de se defender e fazer valer seus argumentos, como acontece com qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, que enfrente um processo penal na República Dominicana”, disse o Procurador-Geral em comunicado em resposta às críticas.

O Procurador negou que os tripulantes estivessem sujeitos a “prisão preventiva ou prisão domiciliária”, mas alegou que tinham de prestar cauções financeiras, deviam apresentar-se periodicamente e estavam proibidos de sair do país sem autorização judicial, medidas que se mantiveram até à conclusão do processo a investigação. Além disso, levantou a suspeita de que houve uma tentativa de retirar a aeronave do país sem autorização, utilizando um falso plano de voo.

O caso ainda está sendo investigado, mas não se concluiu quem colocou 200 Kg de droga na aeronave até o momento.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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