Em um dia histórico, a colombiana Avianca encerrou suas operações pela primeira vez em 100 anos, quebrando o recorde de companhia que está há mais tempo a voar continuamente.
A paralisação das atividades, como todos sabem, tem sido causada pela pandemia do Coronavírus, que atinge a aviação mundial em cheio, causando uma queda de demanda jamais vista no mundo desde que o primeiro avião decolou no início do século XX.
Com o lema “Hoje nossas asas se fecham para que amanhã possamos seguir voando”, a empresa realizou o último voo antes de fechar as portas temporariamente. Assista ao vídeo especialmente criado para o momento (espere carregar).
Hoy nuestras alas se cierran para que mañana todos sigamos volando. #SeguiremosVolando. pic.twitter.com/FHZE2i74oD
— Avianca (@Avianca) March 24, 2020
A medida é uma extensão da suspensão dos voos internacionais iniciada em 23 de março. Apenas as operações cargueiras com os Airbus A330F serão mantidas. Os voos domésticos estão todos cancelados até o dia 12 de abril, e os internacionais até 1º de maio. Estas datas podem sofrer mudança de acordo com a evolução da pandemia.
100 anos ininterruptos
Fundada em 1919, a Avianca, apesar de não ser a empresa mais antiga do mundo (é apenas alguns meses mais nova que a holandesa KLM), era a que havia operado voos ininterruptamente pelo mais longo período. Todas as outras empresas tiveram um hiato, que é o caso da KLM devido à invasão nazista da Holanda em 1940, fazendo com que a empresa ficasse sem voos regulares até 1945.
A despedida do último voo internacional, com destino a Miami, foi marcada por dezenas de funcionários próximo da aeronave, dando um adeus e fazendo barulho.
Esta es la conmovedora despedida que los empleados del Aeropuerto El Dorado le hace al último vuelo de @Avianca antes de apagar todos sus aviones por cuenta de este virus.
— Catalina Escobar (@Cataescobarr) March 25, 2020
Tantas empresas colombianas han tenido que hacer cierres. Todos estamos afectados. pic.twitter.com/a7RNXf59Rk
Além da Avianca, a Copa Airlines, a Flybondi e a Passaredo são outras latinoamericanas que decidiram por paralisia completa das operações até o fim da pandemia.