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Há poucos dias, falamos aqui em primeiríssima mão sobre a primeira operação da Latam Brasil para a China. Mas não pense que viabilizar a jornada foi tarefa fácil. Apesar da decolagem de Guarulhos ter acontecido no dia 3 de maio, a aeronave somente pousou em Xangai nesta sexta-feira, dia 8.
A partida de São Paulo no dia 3 aconteceu com festa pela oportunidade ímpar daquela equipe de ir até a China pegar equipamentos médicos e trazê-los de volta ao seu país, para dar suporte ao combate à Covid-19. A operação inédita, que se tornara possível a partir de uma parceria da empresa aérea com as Lojas Americanas, a partir do projeto “Juntos Somos Mais Solidários”, quase deu errado.
A primeira perna do voo até a capital holandesa, Amsterdã, foi tranquila e o pouso aconteceu normalmente na manhã do dia 4, como previsto. Nesse momento, a decolagem para a China ainda estava prevista para acontecer um dia depois. Mas as coisas pareciam que dariam errado.
Segundo informações de pessoas familiarizadas com a operação, a aeronave não pôde seguir seu plano de viagem como originalmente desenhado. Ao invés disso, a China não aceitou alguma coisa relacionada com a documentação do voo ou da aeronave – os detalhes não foram divulgados – de tal modo que obrigou aeronave e tripulantes e esperarem para ver qual seria seu destino.
Uma reserva de voo chegou a ser feita no dia 6, e previa que a aeronave retornaria ao Brasil, ao invés de prosseguir com sua missão humanitária, frustrando os planos da missão. Mas, felizmente, esses novos planos também não prosperaram e a reserva acabou sendo cancelada horas depois.
Precisou de mais um dia e meio em solo holandês até que a China desse o sinal verde para a realização da operação. Segundo fontes, embora tudo estivesse em conformidade quando o Boeing 777-300ER de matrícula PT-MUJ saiu do Brasil, questões documentais como essa podem atrapalhar operações de caráter especial, principalmente por ser a primeira vez que uma aeronave da Latam Brasil pousava na China (aviões da Latam Chile já fizeram o trajeto).
No fim do dia, apesar da grande luta, o “triplo-sete” finalmente chegou a Xangai e, enquanto essa matéria é escrita, ele está em rota rumo a Amsterdã, de onde partirá amanhã para o Brasil.
Honestamente, imaginamos o tamanho hercúleo da equipe da Latam para lidar com os problemas e as diferenças de fuso horário a fim de viabilizar a operação. Esses equipamentos serão muito bem vindos.
Depois desse, mais oito voos serão operados na rota, com objetivo de trazer equipamentos comprados pelo Governo Federal e por outros entes privados.
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