Após alegar pane, Rússia acaba admitindo que avião A-50 foi abatido por bateria americana

Foto – Sergey Lutsenko e Timofey Nikishin

O tribunal de Moscou condenou à revelia o coronel das Forças Armadas da Ucrânia, Nikolay Dzyaman, pelo caso da destruição de um avião russo no espaço aéreo da Rússia. Isso foi informado à agência russa estatal TASS pelo serviço de imprensa do Comitê de Investigação.

O avião de alerta aérea antecipado Beriev A-50, a versão de radar aéreo do cargueiro militar Ilyushin IL-76, foi abatida em fevereiro deste ano na região de Krasnodar, perto do Mar de Azov e vizinho à Crimeia.

A bordo estavam 10 tripulantes e todos morreram quando um míssil MIM-104 Patriot atingiu a aeronave que ainda estava sobrevoando território russo. Inicialmente, Moscou afirmou que se tratava de um problema técnico que causou a queda da aeronave, que foi vista por moradores em caindo chamas e com destroços caindo em um quintal.

Agora, com esta condenação, oficialmente, a Rússia confirmou que a aeronave foi abatida, mais especificamente pela 138ª Brigada de Mísseis Antiaéreos.

“O Tribunal Distrital de Khamovniki, em Moscou, aceitou o pedido do investigador do Departamento Principal de Investigação Militar do Comitê de Investigação da Federação Russa para a prisão preventiva à revelia do comandante da 138ª Brigada de Mísseis Antiaéreos (unidade militar A4608) das Forças Armadas da Ucrânia, coronel Nikolay Dzyaman”, disse o órgão.

Dzyaman é acusado à revelia de cometer um ato terrorista que resultou na morte de várias pessoas (art. 205, parte 3 do Código Penal da Federação Russa).

Como especificado pelo Comitê de Investigação, em 23 de fevereiro de 2024, o espaço aéreo da Rússia estava sendo patrulhado por um avião das Forças Aeroespaciais da Federação Russa. O coronel Dzyaman deu a seus subordinados o que foi considerado na Rússia uma ordem ilegal para destruir essa aeronave. Essas ações resultaram na morte de 10 membros da tripulação e na destruição do avião. Dzyaman foi colocado na lista de procurados a nível federal.

Por ser uma aeronave de radar aéreo que identifica alvos, o A-50 é considerado um alvo legítimo a ser derrubado durante uma guerra, segundo os principais tratados internacionais que regem as chamadas “leis de guerra”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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