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Após avião do Irã ser impedido de pouso, libaneses fecham acesso ao Aeroporto de Beirute

Foto: Francisco Anzola

O Aeroporto Internacional de Beirute está parcialmente fechado após um grande protesto contra o governo local se formar no seu acesso. Centenas de cidadãos libaneses foram às ruas na noite desta quinta-feira, 13 de fevereiro, para protestar contra a proibição de voos vindos do Irã.

Segundo os manifestantes, muitos deles ligados ao grupo terrorista e político Hezbollah (foto abaixo), a decisão do governo libanês é uma ordem dada por Washington, mas especificamente pelo Comando Central Militar Americano, o CENTCOM.

Este comando é responsável pela atividade militar americana em todo o Oriente Médio e Europa Central, e teria informado a Israel que existiam indícios de aeronaves levando dinheiro e ouro do Irã para o Líbano, possivelmente para financiar atividades antissemitas e terroristas no país vizinho.

Com isso, as Forças de Defesa de Israel (IDF) ameaçaram derrubar qualquer avião, mesmo que civil, que venha do Irã para o Líbano, afirmando que este tipo de transporte é ilegal e viola o acordo de cessar-fogo em vigência.

Desta maneira, vários voos, inclusive da Mahan Air, Iran Air e da Middle East Airlines (MEA), foram cancelados ou estão sendo atrasados de maneira repetida, e existem iranianos “presos” no Líbano, assim como libaneses que ficaram “presos” no Irã:

Nos últimos dias, têm-se notado vários voos do Jumbo de matrícula EW-465TQ, que é o último Boeing 747-300 a ser produzido no mundo, entre Teerã e Beirute. A aeronave pertence à companhia aérea bielorussa TransAviaExport Airlines, que já é sancionada pelo ocidente por ajudar no transporte de armas para o regime do ditador Aleksandr Lukashenko, que comanda Belarus já há décadas.

Estes voos do Jumbo possivelmente podem ter levado armas e ouro para dentro do Líbano, gerando o alerta na inteligência americana. Ainda não está clara qual será a resposta às ruas do governo do Líbano, mas, pelas imagens divulgadas até o momento, a polícia e nem o exército local não têm contido as manifestações.

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