Após o lançamento da sua primeira empresa de baixo-custo, a Joon, a Air France quer expandir sua ideia para uma segunda aérea low-cost, desta vez focada totalmente em voos de longo curso.
Segundo o jornal francês LaTribune, a estratégia da Air France de lançamento da Joon não foi suficiente para bater com as low-costs que fazem voos intercontinentais, como a Norwegian Air, a LEVEL da Iberia/British e a Eurowings do grupo Lufthansa.
Atualmente a participação das empresas de baixo custo em voos internacionais de longo curso ainda é tímida, porém em breve irá atingir 2% da oferta de assentos segundo a Air France. A companhia cita que no último verão europeu as low-costs foram responsáveis por 5% do tráfego entre a Ásia e Europa e 3% entre os EUA e o velho continente.
“No verão de 2017, a Norwegian teve uma oferta um pouco maior que a da KLM, que é a 9ª no mercado entre os EUA e Europa. No próximo ano, a Norwegian será maior que a Air France nestas rotas, chegando ao 6º lugar”, declarou a Air France em uma apresentação sobre a estratégia da companhia para os próximos anos.
A questão de lançar uma nova low-cost bate no problema social envolvido. Os sindicatos franceses são bem organizados e fortes, e por diversas vezes os funcionários da Air France entraram em greve nos últimos anos. Uma redução de custo muitas vezes vem associada a salários mais baixos e menos funcionários que, se forem transferidos da própria Air France, acarretará uma briga sindical.
Outro ponto é sobre a criação de uma nova marca ou a opção por expandir os voos da Transavia ou da Joon. Esta última irá fazer voos para o Brasil em alguns meses e assumiu algumas rotas européias da Air France em sua totalidade, como Paris – Lisboa.