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Após mega-compra de 737 MAX, ações de empresa aérea caem, mas CEO defende o Boeing

Fechamento de novos negócios são, geralmente, boas notícias que agradam aos investidores, mas não foi o caso da compradora de um grande lote de jatos Boeing 737 MAX.

A ultra low-cost americana Allegiant Air, famosa pelas tarifas baixas e também pelas grandes economias, fez recentemente uma encomenda para até 100 jatos do modelo 737 MAX (50 pedidos firmes e 50 opções).

Certamente, esse é foi passo focado em aumentar a rentabilidade (e o lucro) com aeronaves mais eficientes operacionalmente, já que a companhia tem fama de cortar custos de qualquer jeito: certa vez, ela aposentou o Boeing 757 e cancelou rotas para o Havaí simplesmente porque tinha chegado o momento de fazer uma revisão cara no jato (check-C).

Os investidores, por sua vez, não viram dessa forma. A subida da curva de custos com o 737 MAX alertou os investidores, que fizeram as ações cair, mesmo após o anúncio robusto.

O motivo por trás da queda não tem haver com a reputação do avião, já que os problemas foram resolvidos, e sim com o fato da empresa ter migrado de uma frota mista de jatos 757 e MD-80 para a família Airbus A320, simplificando o treinamento, manutenção e operação.

Agora a empresa estaria fazendo o sentido inverso, voltando para os Boeings e de um modelo nunca operado antes, o que pode aumentar o custo geral da operação. O temor foi tão grande que as ações caíram 8%, enquanto a da Boeing, que vendeu a aeronave, teve alta de 1,2%.

Para justificar o gasto, o CEO da empresa, Maury Gallagher, disse que “não dá para ter só carros usados”, afirmando que os aviões da empresa são antigos, e que a economia para os aviões novos será de 30%, segundo reporta a Reuters.

Esta economia já era esperada, afinal é uma troca de geração, só que o custo para transicionar para o 737 MAX pode reduzir essa porcentagem, enquanto os novos A320neo (incluindo o A321neo que poderia cumprir a função feita pelo 757) teriam o ganho da nova geração, sem aumentar o custo com pessoal.

As ações da empresa tiveram uma leve recuperação após a fala do CEO, mas acumulam baixa de 6% na semana.

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