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Após meses acampados, afegãos deixam o aeroporto de Guarulhos

Depois de meses abrigando imigrantes afegãos em seus corredores, que fogem do regime Talibã, o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) viu esta semana o último grupo deixar o local. No auge do fluxo migratório, em outubro do ano passado, o aeroporto chegou a abrigar cerca de 300 pessoas provenientes do Afeganistão no Terminal 2.

Sem receber o acolhimento ou a assistência adequados previstos em lei, elas acabaram montando barracas de forma improvisada nos corredores. Apesar de encontrarem alívio nos esforços de uma rede de voluntários, a ativista Swany Zenobini alerta que, desde a última sexta-feira (3), esses imigrantes têm sido encaminhados com rapidez a abrigos públicos, religiosos ou voluntários.

No entanto, ela lembra que eles continuam chegando quase que diariamente a Guarulhos. A visita da semana passada do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) ao aeroporto deu um novo passo na busca de uma solução definitiva para o acolhimento dos afegãos. Na ocasião, 30 ainda viviam nos corredores do Terminal 2.

“Estamos empenhados em concretizar uma solução definitiva para um acolhimento humanitário da população afegã que tem chegado ao nosso país. É fundamental fortalecer as políticas de refúgio para o atendimento desse fluxo migratório, com um olhar humanitário para as necessidades dessas pessoas”, disse Sheila de Carvalho, presidenta do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). Além disso, o governo de São Paulo inaugurou na semana passada a Casa de Passagem Terra Nova, com 50 vagas para famílias, homens e mulheres solteiros.

O secretário estadual do Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento, destacou que o local oferece alimentação, vacinas, serviço de emissão de documentos e inclusão no Cadastro Único (CadÚnico) para acesso a programas e benefícios socioassistenciais. A permanência inicial é de 90 dias, mas pode ser estendida.

Apesar desses esforços, a maioria dos afegãos que chegam ao Brasil não permanece no país. De acordo com a secretaria, a ideia é ajudá-los a conquistar autonomia para que possam se manter por conta própria.

“É uma ação humanitária importantíssima para pessoas que foram obrigadas a deixar seu país. Ao acolhê-las, o governo do estado de São Paulo oferece a esses refugiados e suas famílias todo suporte e uma oportunidade de recomeçar”, concluiu.

Com informações da Agência Brasil

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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