Após mortes a bordo, Latam Brasil reestrutura transporte de pets: confira novas regras

Airbus A320 da Latam

Após as duas mortes recentes de cães a bordo de voos da Latam Brasil, a companhia aérea vem tomando medidas em relação ao transporte de pets em seus aviões, e novas regras entram em vigor em breve.

O primeiro fato ocorreu em um voo do Aeroporto Internacional de Guarulhos para o do Galeão, no Rio de Janeiro. De acordo com as informações que divulgamos previamente aqui no AEROIN, o caso ocorreu no dia 14 de setembro, quando um cão filhote da raça Golden Retriever que viajava no porão de um Airbus A321 chegou ao Rio de Janeiro sem vida.

O outro caso ocorreu um mês depois, quando um cão da raça American Bully morreu em um voo entre Guarulhos e Aracaju, levando a companhia a suspender temporariamente a opção do transporte de pets no porão das aeronaves.

Depois desses 30 dias desde a suspensão, novas orientações e normas foram agora emitidas pela Latam, conforme divulgadas com exclusividade pelo InfoMoney.

De acordo com as informações, a Latam Brasil decidiu prorrogar por mais um mês a suspensão de venda do transporte de pets em voos dentro do território brasileiro. O prazo terminará dia 15 dezembro e será a partir dessa data que as novas regras a seguir passarão a valer.

A primeira nova norma é que a empresa só aceitará em seus voos pets a partir de 16 semanas de vida.

Outra mudança, um dos pontos mais importantes, é que a companhia decidiu mudar o tempo máximo de viagem para pets, para a segurança e condições físicas deles. A partir do fim da suspensão temporária (15/12), as durações dos trajetos para todos os pets, independentemente de espécie, raça, ou porte, não passarão de 24 horas.

Também fica proibido o pernoite dos animais em aeroportos e nos terminais de carga da Latam.

A companhia passará a adotar novos regulamentos para as caixas onde os animais são transportados, tanto na cabine de passageiros, quanto no porão das aeronaves. Já que em um dos casos concluiu-se que a morte do cachorro de raça American Bully se deu por conta de o animal ter roído o kennel de madeira (caixa transportadora) em que estava sendo transportado e se asfixiou, as preocupações com a caixa para o transporte no porão são maiores.

Depois da suspensão das vendas, só poderão embarcar na cabine da aeronave os animais que estiverem dentro de uma bolsa flexível ou em uma caixa de plástico rígido.

Já no caso dos pets que são despachados via Latam Cargo, só terão sinal verde para seguir viagem aqueles que estiverem dentro de caixas de fibra de vidro, plástico rígido ou madeira, mas, no caso da madeira, somente cães de grande porte em kennel de modelo 82.

Também vale pontuar que todas as caixas transportadoras terão que ter obrigatoriamente compartimento alimentício e bebedouro que possam ser acessados pelo lado externo do kennel.

Arthur Gimenes Prado
Arthur Gimenes Prado
Estudante do Ensino Médio, foi repórter e comentarista na TV Cultura Paulista e Rádio Morada do Sol FM, em Araraquara/SP cobrindo o esporte local. Também conta com passagem como colunista no Portal do Andreoli e fez participações especiais na Record News, Rádio CBN, EPTV e RedeTV!ES. Atualmente também atua na área de assessoria parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) como estagiário.

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