Ativistas celebraram a decisão da companhia aérea espanhola Privilege Style de não aceitar mais transportar refugiados do Reino Unido para Ruanda e encerrar o contrato que tinha com o governo britânico. A mudança de postura veio após muitas críticas. Na semana passada, a empresa havia recebido um troféu em formato de cocô, de um grupo de direitos humanos que a escolheu como a pior empresa aérea do mundo.
Em uma carta, a companhia aérea disse que “deseja comunicar o seguinte: que não operará voos para Ruanda no futuro. Que nunca voou para Ruanda desde que o único voo programado para junho de 2022 (que é o motivo dessa polêmica) foi suspenso”, diz o noticiário do Morning Star.
Em junho, o Ministério do Interior do Reino Unido fretou um dos Boeing 767 da Privilege Style, junto com tripulação e pilotos, para o que deveria ter sido o primeiro voo desse tipo a levar requerentes de asilo de volta a Ruanda. O voo foi cancelado no último minuto, após a intervenção do tribunal europeu dos direitos humanos, em Estrasburgo.
Antes disso, a Privilege Style operou outros voos de deportação em nome do governo britânico que outras companhias aéreas recusaram. Agora, depois de uma campanha organizada por uma ONG de direitos humanos chamada Freedom from Torture, a Privilege Style também decidiu que não quer mais participar dos voos a Ruanda.
Os ativistas inundaram o Privilege Style com mais de 16.000 e-mails, enquanto outros milhares inundaram as páginas de mídia social da companhia aérea e centenas de ligações foram feitas para sua central telefônica com demandas para interromper os voos de deportação.
O mesmo grupo já havia convencido duas companhias aéreas charter britânicas – Titan Airways e AirTanker – a se recusarem a fazer voos de deportação.
