Início Aviação Militar

Após ‘terceirizar’ sua defesa aérea, Eslováquia pode doar caças para a Ucrânia

Após muitas indecisões sobre o fornecimento de caças para a Ucrânia, um acordo foi firmado entre a Polônia e Eslováquia, que pode armar o seu vizinho.

MiG-29 da Eslováquia | Divulgação – Ministério da Defesa

Após tentativas frustadas da Ucrânia em receber caças MiG-29 Fulcrum vindos dos vizinhos poloneses ou até mesmo em ter caças americanos, nos quais seus pilotos não são treinados, um acordo para fortalecer a defesa ucraniana parece estar se desenhando novamnete.

Segundo divulgou o Ministro da Defesa da Eslováquia, antigo membro do Pacto de Varsóvia e que hoje está do outro lado da moeda, como parte integrante da OTAN, o país confirmou que irá terceirizar a proteção do seu espaço aéreo “num esforço mútuo para apoiar a Ucrânia”.

Este esforço está sendo coordenado com o seu outro vizinho, a Polônia, que também é membro da OTAN e concordou em patrulhar o espaço aéreo da Eslováquia, desde que ela pare de voar com seus 11 caças MiG-29 e os envie para a Ucrânia, segundo reporta o The New York Times.

Apesar de não falar explicitamente que irá fornecer os caças Fulcrum, também utilizados pela Polônia, Rússia, Ucrânia e outros países do leste europeu, ficou subentendido que a ajuda com os caças pode mesmo acontecer.

A Eslováquia já enviou baterias anti-aéreas de longo alcance S300 para a Ucrânia, e enviar caças MiG-29 não seria muito distante. Porém, estes são os únicos caças do país, que ainda receberá 14 caças americanos Lockheed Martin F-16V Fighting Falcon, atualizados para o Block 70, no meio desta década, segundo informa a fabricante dos jatos de combate.

Até lá, para não ficarem sem guarda, a Polônia tomará conta do espaço aéreo do país aliado, algo que é comum dentro da OTAN, e uma prática da qual os próprios poloneses se beneficiaram no passado e no presente.

Não está claro se e como os caças serão entregues, e nem a data para isso, provavelmente por motivos de segurança. Até o momento, a Rússia não se pronunciou sobre o assunto, mas é esperado que ela comente, como tem feito, com ameaças a cada vez que algum país propõe ajuda para a Ucrânia.

Sair da versão mobile