A tragédia com o turboélice ATR 72 da Yeti Airlines em meados de janeiro motivou a Autoridade de Aviação Civil do Nepal (CAAN) a implementar um conjunto de regras mais rígidas para melhorar a segurança de voo no país.
Nesse sentido, onde os aeroportos têm regras de voo por instrumentos (IFR) disponíveis, todas as aeronaves, exceto as de decolagem e pouso curto (STOL), serão obrigadas a seguir apenas a aproximação IFR, mesmo durante o dia e com céu claro. Além disso, os operadores de aeronaves STOL provavelmente verão o máximo de horas voadas por dia cair de dez para oito e o máximo de pousos diários permitidos reduzido de dez para oito.
Segundo Gyanendra Bhul, oficial de informações da CAAN, foram definidos limites específicos para as operações de voo visual (VFR). “Decidimos reduzir as horas de operação de uma aeronave para oito horas e oito pousos por dia. Além disso, a autoridade decidiu exigir uma aproximação estabilizada para todas as aeronaves no Nepal após atingir 500 pés acima do nível do solo (AGL) durante operações de regras de voo visual (VFR) em aeroportos rurais e 1.000 pés AGL para aeronaves realizando operações VFR em outros aeroportos”, disse Bhul ao jornal The Himalayan.
O acidente da Yeti Airlines matou 72 pessoas e, envolvia um ATR72-500, que se inclinou abruptamente e caiu durante a aproximação final para Pokhara. O gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine foram recuperados e despachados para Cingapura para análise enquanto uma investigação ordenada pelo governo nepalês está em andamento.
No âmbito destas mudanças, todos os examinadores de aeronaves baseados no Nepal também passarão por um exame de habilidades. O país também começará a implementar e fazer cumprir os padrões e procedimentos reconhecidos pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO).
