Nesta quinta-feira, o governo mexicano anunciou que o jato Boeing 787-8 presidencial foi vendido para o Tadjiquistão, encerrando a saga política usada pelo presidente Andrés Manuel Lopez Obrador para criticar os excessos de seus antecessores. O preço acordado para Dreamliner foi de 1,66 bilhão de pesos, ou cerca de US$ 92 milhões.
Lopez Obrador reforçou a mudança na política mexicana que aconteceu sob sua liderança, afirmando que as autoridades não agem mais como “pequenos faraós”. O presidente também destacou que os custos exorbitantes de manutenção da aeronave serão divulgados na próxima semana, reportou a Reuters.
De acordo com Jorge Mendoza, chefe do banco nacional de desenvolvimento Banobras, o conselho do Tadjiquistão tem cerca de 10 dias para tomar posse do avião.
Lopez Obrador havia dito anteriormente que desejava vender a aeronave por pelo menos US$ 150 milhões, abaixo do preço original de compra de US$ 218 milhões em 2012. Em seu anúncio, o presidente esquerdista populista afirmou que o dinheiro da venda será usado para construir dois hospitais públicos de 80 leitos nos estados de Guerrero e Oaxaca.
Segundo ele, os prédios serão erguidos por engenheiros militares e serão inaugurados antes de deixar o cargo. O jato presidencial do México foi usado pela primeira vez em 2012, quando Enrique Peña Nieto assumiu o cargo. Apresentando toques de mármore e selos oficiais do governo estampados nas paredes, o avião contava com vários monitores de tela plana.