Após uso do KC-390 e VC-99B, Brasil não vai mandar mais aviões militares para repatriação

Imagem: Força Aérea Brasileira

O governo federal não tem planos de enviar um segundo avião para resgatar brasileiros que, após escapar às pressas da Ucrânia, enfrentam dificuldades para regressar ao Brasil por conta própria.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, em caso de necessidade, o governo providenciará os meios para que os brasileiros que conseguirem chegar a países vizinhos com a Ucrânia sejam repatriados em voos comerciais, de companhias aéreas privadas.

“Pelo número que temos registrado na embaixada do Brasil em Kiev, capital ucraniana, ficaria mais econômico nós os retirarmos através de voos comerciais”, disse o ministro ao falar com jornalistas durante a cerimônia de recepção do grupo de 68 pessoas que chegaram na quinta-feira (10) a Brasília a bordo de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), modelos KC-390 e VC-99B, vindas da Polônia – país vizinho à Ucrânia.

Batizada de Operação Repatriação, a operação foi coordenada pelo Itamaraty, com o envolvimento direto dos ministérios da Defesa e da Saúde. França, que viajou à Polônia para acompanhar as tratativas finais da missão de resgate e voltou ao Brasil junto com os 43 brasileiros, 19 ucranianos, cinco argentinos e um colombiano, classificou a operação como um sucesso.

“Procuramos dar bastante apoio a estas pessoas e todas chegaram bem, graças a Deus”, comentou o ministro, enfatizando que, para garantir o bem-estar do grupo, um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) integrou a comitiva que acompanhou toda a missão.

Além disso, havia, a bordo da aeronave multimissão KC-390 Millennium, da FAB, um veterinário, responsável pelos cuidados dispensados aos oito cachorros e dois gatos de estimação trazidos pelas pessoas.

“[Na volta] Eu vim junto com os passageiros. Estão todos satisfeitos e as crianças estavam sorridentes. Para mim, este é o melhor testemunho de que tudo deu certo”, acrescentou o ministro.

A capital federal brasileira foi o destino final de uma viagem de quase 12 horas que, a partir da capital polonesa, contou com rápidas escalas em Lisboa (Portugal), na Ilha do Sal (Cabo Verde) e no Recife (PE).

De Brasília, as pessoas seguiram para seus destinos finais com passagens cedidas por companhias aéreas, mas, antes, passaram por procedimentos administrativos e sanitários necessários para entrada no país.

Por Agência Brasil

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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