A Arábia Saudita concordou em permitir que aviões israelenses cruzem seu espaço aéreo a caminho dos Emirados Árabes Unidos em voos comerciais regulares. Embora voos entre Emirados e Israel tivessem sido realizados recentemente, ainda pendia uma decisão formal do lado saudita para que isso se tornasse recorrente. Até então, as aprovações precisavam ser solicitadas a cada operação.
No entanto, isso parece resolvido, segundo as matérias publicadas pela agência de notícias Reuters e por meios de comunicação israelenses. O assessor sênior da Casa Branca Jared Kushner, que está no Oriente Médio, junto com outras autoridades americanas, teria dito que pacificou a questão.
Voos diretos
O acordo foi fechado poucas horas antes do primeiro voo comercial de Israel para os Emirados Árabes Unidos a ser operado pela israelense Israir. Sem que o acordo fosse fechado, havia o risco da operação ser cancelada.
Os voos diretos são um desdobramento dos acordos de normalização que Israel fechou este ano com os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, com intermediação dos Estados Unidos. Os Emirados já colheram benefícios da normalização, incluindo a Casa Branca avançando com a venda de armas, incluindo caças a jato avançado, para o país do Golfo.
“Isso deve resolver quaisquer problemas que devam ocorrer com os transportadores israelenses levando pessoas de Israel para os Emirados Árabes Unidos”, disse o funcionário da Casa Branca à Reuters.
Kushner e sua equipe se reuniram com o emir do xeque Tamim bin Hamad Al Thani do Catar, o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e o emir do Kuwait no final desta semana. Um dos objetivos da viagem é tentar persuadir os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) a encerrar um bloqueio de três anos ao Catar.
O Catar está sob um bloqueio aéreo, terrestre e marítimo imposto pelos membros do GCC, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, e pelo Egito, não membro do GCC, desde junho de 2017. Eles cortaram os laços com Doha após alegar que apoiava o “terrorismo”.
O Catar rejeita veementemente as acusações, dizendo que não havia “nenhuma justificativa legítima” para o rompimento das relações.