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Argentina considera versão do lendário Douglas DC-3 para voar para Antártica

Foto: Colin Cooke

A Argentina pode em breve contar uma lendária aeronave na frota da sua força aérea, para realizar uma missão bastante especial. O avião em questão é um Douglas DC-3, modelo comercial com maior tempo em serviço, tendo sido um dos grandes responsáveis pelo sucesso do envio de suprimentos dos aliados na Segunda Guerra Mundial, quando era designado C-47 Skytrain.

Ele também foi o responsável por iniciar várias rotas aéreas em vários países, incluindo Brasil e Argentina, operando em condições bastante precárias mas ainda sendo um avião confiável.

Mesmo sendo uma aeronave que começou a voar comercialmente em 1935, a sua plataforma continua em operação até hoje e tudo indica que ultrapassará facilmente a marca de 100 anos de serviço comercial ininterrupto, um recorde absoluto.

E parte desta longevidade se deve à Basler Turbo Conversions, uma empresa americana de Wisconsin especializada em reformar e transformar os tradicionais DC-3 e C-47, que são equipados originalmente com motores radiais Twin Wasp da Pratt & Whitney.

Numa profunda modificação que dura vários meses, o avião passa por reforço estrutural, modificação nas asas, aumento da fuselagem e troca de aviônicos, mas o principal diferencial está no “swap de motor”, sendo colocado um turboélice PT-6, o mais popular e confiável da categoria, também fabricado pela Pratt & Whitney.

E por ser uma aeronave mais moderna, mas ainda retendo as capacidades de operações em locais inóspitos, a Argentina está interessada em comprar até 2 aviões BT-67 da Basler.

Como informou o Brigadeiro Xavier Isaac, Chefe do Estado Maior Conjunto da Argentina, o país está “muito definido para a incorporação do Basler BT-67 para a Fuerza Aérea. Seria um momento para comprar um e a idéia é chegar até duas unidades. Com esse meio poderemos começar a pensar a voltar a voar para Belgrano II”, afirmou o militar ao portal Pucará Defensa.

Hoje a Argentina depende de operar na Antártica apenas com seus aviões C-130 Hércules, que tem baixa dispobinilidade, ou usar de meios de países aliados para levar pesquisadores para a Base Belgrano II. Uma data para a aquisição do BT-67 ainda não foi definida, mas deve ocorrer ainda este ano segundo o Brigadeiro informou.

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