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Argentina desiste de modernizar o Super Étendard e caça naval deve dar baixa

Super Étendard pousa no USS Abraham Lincoln em 1990 – US Navy

O último operador do francês Super Étendard, a Argentina decidiu por não tentar revitalizar as unidades estocadas do caça naval. Tido como o último caça naval francês puro, o Super Étendard voou em apenas três países, mas fez bastante história, principalmente na Guerra das Malvinas, sendo um alvo valioso para os britânicos que os britânicos tentaram abater, embora não tenham conseguido.

A aeronave tinha sido uma compra para complementar os caças Douglas A-4 Skyhawk, que haviam sido embargados pelos EUA após a Argentina se tornar uma ditadura militar.

Ao todo, foram 14 caças entregues, sendo uma parte modernizada ao longo dos anos de uma maneira bastante lenta. Com o embargo britânico após a tomada das Malvinas, a situação só piorou, já que os assentos ejetáveis Martin Baker são do Reino Unido e a manutenção não pode ser feita.

Os Super Étendard, inclusive, estavam sendo escondidos de exposições públicas e não se sabe quando foi o último voo do modelo no país, com estimativas que apenas cinco poderiam ser colocados em condições de voo de maneira mais rápida.

Desta maneira, o programa de modernização, que incluiria chegada de mais peças vindas da França (que não tem mais elas e disse que não irá produzir novas), foi suspenso segundo reporta a mídia argentina, apontando também à falta de orçamento.

Com a situação financeira bastante caótica no país, é provável que o caça francês seja aposentado de vez muito em breve, dando a baixa definitiva já que a França aposentou os seus últimos Super Étendard em 2016.

Uma curiosidade é que, por muitos anos, o Super Étendard da Argentina era visto nos antigos porta-aviões brasileiros Minas Gerais e São Paulo, já que o país vizinho ficou sem porta-avião após a baixa do ARA 25 de Mayo, e o Brasil permitia o treino dos pilotos hermanos.

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