Um relatório divulgado pelo Greenpeace afirma que as emissões de CO2 dos voos privados da Holanda subiram substancialmente em 2022, mas a European Business Aviation Association (EBAA) rejeita essa interpretação dos dados. Segundo a Associação, o relatório não leva em consideração dados anteriores à pandemia de COVID-19, o que distorce a imagem da evolução do setor.
Através de uma nota, a EBAA destaca que o número de voos executivos na Europa aumentou 7% em comparação com o ano de 2019, em vez dos 64% citados pelo Greenpeace, que comparou dados da pandemia, um momento em que a aviação teve uma parada abrupta em todo o mundo. O Eurocontrol, autoridade europeia de aviação, também confirmou essa informação em seu relatório de 12 de janeiro de 2023.
Além disso, a EBAA também observou uma estagnação nos números após a reabertura das fronteiras internacionais, o que pode se transformar em um leve declínio. A EBAA também ressalta que a aviação executiva é um setor pequeno e contribui de forma muito limitada para as emissões globais de CO2. Em todo o mundo, jatos executivos representam 0,04% das emissões de CO2.
Para promover a sustentabilidade, o setor de aviação executiva assinou o Compromisso da Aviação Executiva sobre Mudanças Climáticas (BACCC) em 2009. Essas metas foram ainda mais rígidas em 2021 e o setor de aviação executiva pretende atingir a neutralidade de carbono até 2050. Para isso, as empresas estão investindo em novas tecnologias, como aviões híbridos e elétricos.
A EBAA também destaca que a aviação executiva tem sido a maior defensora do uso de combustível de aviação sustentável e rotas de voo mais eficientes. Investimentos anteriores em winglets economizadores de combustível, componentes de aeronaves mais leves e motores mais eficientes já foram adotados há anos.
Esse é apenas mais um capítulo na disputa entre o mercado de aviação executiva e os ambientalistas, que têm intensificado suas manifestações em vários locais da Europa.
