Diante da decisão dos aeronautas brasileiros pela deflagração de uma greve parcial a partir da próxima segunda-feira, 19 de dezembro, sindicatos de pilotos de tripulantes de cabine ao redor do mundo se posicionaram a favor do movimento.
A Unpac (União Panamenha de Aviadores Comerciais), por exemplo, enviou ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) uma carta de apoio ao movimento grevista aprovado pelos tripulantes brasileiros para início em 19 de dezembro.
Além de demonstrar apoio, a Unpac destaca que a recusa das empresas em aceitar as demandas dos aeronautas é inaceitável, uma vez que eles contribuíram para a recuperação financeira das empresas durante e após a pandemia.
A Alpa (Associação dos Pilotos de Linha Aérea, Internacional) também enviou ao SNA uma carta de apoio. No texto, a Alpa relembra as reivindicações da categoria, presta solidariedade aos aeronautas e afirma que eles estão passando por situação semelhante à enfrentada pelos pilotos da Delta Airlines, que negociam um novo acordo de trabalho há três anos e meio.
A Apla (Associação Argentina de Pilotos de Linha Aérea) enviou ao SNA uma carta em que condena a “intransigência das empresas e relembra que a luta por reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho ultrapassa fronteiras, sendo exemplo para milhares de profissionais da aeronáutica na América Latina e em todo o mundo”.
Por seu lado, a Ifalpa (Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea) divulgou o pedido de assistência mútua feito pelo SNA, em apoio à greve dos tripulantes brasileiros.
No documento, assinado pelo vice-presidente executivo, comandante Al Gaspari, a Ifalpa expressou total apoio ao SNA e a todos os tripulantes brasileiros em razão da paralisação aprovada pela categoria para início a partir do dia 19 de dezembro, das 6h às 8h, nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
A federação ressalta no texto que a máxima produtividade, associada a um custo mínimo de tripulações, tem efeito direto no tempo de descanso, folga e tempo de serviço, impactando diretamente na segurança de voo.