Atrasos na produção do A321 reaparecem e impõem novos desafios à Airbus

Avião Airbus A321neo
Imagem: Airbus

Nos últimos meses, a Airbus tem trabalhado para garantir as taxas atuais de produção do A321 e até acelerá-las, conforme espera uma aceleração da demanda pelo modelo no mundo pós-pandemia. No entanto, parece que a fabricante vem passando por alguns desafios além do esperado.

Segundo reporta a Bloomberg, a informação foi revelada pela gigante do leasing aeronáutico Air Lease Corp, que disse durante uma conferência com analistas de mercado que algumas entregas do A321neo, programadas para este ano, foram atrasadas porque a Airbus tem enfrentado problemas na cadeia de abastecimento. 

“A Airbus nos adiantou que veremos alguns atrasos nas entregas dessas aeronaves até 2022. Esses atrasos também afetaram as operações de algumas companhias aéreas”, disse a empresa de leasing na quinta-feira.

Indagada pela Bloomberg, a Airbus afirmou que não há atraso sistêmico, mas confirmou que a entrega de algumas aeronaves está bastante atrasada e que os problemas com a cadeia de suprimentos serão resolvidos ainda nesse ano na planta de Hamburgo, onde o A321 é produzido.

O A321 já responde por quase metade dos pedidos em aberto da fabricante europeia, sendo um dos seus principais trunfos. O modelo já passou, há alguns anos, por desafios de produção, quando teve problemas com os motores e depois com as configurações internas, ambos levando a atraso na linha de montagem.

Atualmente, a Airbus trabalha na construção do primeiro protótipo da versão A321neo XLR, de ultralongo alcance, com previsão de início de voos de testes no próximo ano e entregas a partir de 2023.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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