A órbita da Terra está cada vez mais preocupante e as organizações aeroespaciais afirmam que o acúmulo de lixo espacial pode ser fatal. Essa também foi a conclusão da Administração Federal de Aviação (FAA), que divulgou um relatório perturbador, alertando que a queda de satélites pode causar a morte de humanos inocentes na Terra.
Segundo o relatório, até 2035, estima-se que uma pessoa poderá ser morta a cada dois anos devido à queda de destroços espaciais. A costa da Flórida vem sendo palco de frequentes lançamentos e especialistas afirmam que controlar esse aumento é crucial para evitar possíveis danos.
De acordo com uma matéria da FOX 35 Orlando, o Dr. Madhur Tiwari, professor de engenharia aeroespacial na Florida Tech, afirma que existem milhões de objetos não rastreados no espaço, o que representa um grande perigo. Buscando uma solução para esse problema, Tiwari e sua equipe estão utilizando inteligência artificial para monitorar esses detritos e criar uma modelagem 3D dos mesmos.
A FAA demonstra preocupação com o aumento desordenado de objetos no espaço, especialmente porque, de acordo com a agência, “o grande número de satélites não geoestacionários em órbita terrestre baixa representa um risco crescente para as pessoas na Terra e para a aviação devido à possibilidade de reentrada de detritos“.
Estima-se que até 2035, cerca de 28.000 pedaços de satélites possam sobreviver à reentrada na atmosfera e causar ferimentos ou mortes. Segundo Tiwari, além do grande volume, a rapidez com que esses destroços se movimentam é outro fator preocupante.
Além disso, os satélites que não estão mais em uso também são um problema, pois permanecem em órbita e podem se tornar perigosos. Mark Marquette, representante da comunidade e astrônomo local no Museu Espacial Americano em Titusville, na Flórida, afirma que é preciso maior controle e monitoramento do que está presente no espaço.
Com a intenção de lançar 100 missões este ano, a SpaceX, empresa responsável por grande parte dos lançamentos na costa espacial da Flórida, foi procurada pela FOX 35 News para comentar sobre o relatório da FAA, porém não obteve resposta.
Muitas dessas missões são destinadas aos satélites Starlink, que visam fornecer internet de alta velocidade através de uma rede de satélites em órbita.