Autoridades reguladoras da aviação dos Estados Unidos e da Europa emitiram alertas sobre um defeito de fabricação na liga metálica usada para fabricar certos componentes rotativos dos motores GE Aerospace e CFM International, que podem ser suscetível a falhas prematuras, informou o site Flight Global.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) levantou a questão no ano passado, com diretrizes de aeronavegabilidade (AD) que um pequeno número de motores CFM Leap-1As, GE GEnx e GE90 poderiam ter componentes produzidos com material contaminado contendo “inclusão de ferro”.
A FAA disse recentemente que mais motores Leap-1As e GEnx poderiam ter componentes defeituosos, enquanto o regulador europeu avisou sobre um problema semelhante com alguns Leap-1Bs. A GE Aerospace é coproprietária da CFM com a Safran Aircraft Engines.
Em 12 de abril, a FAA divulgou uma proposta que informava que “certos componentes do rotor do compressor de estágios 6-10 e vedações dianteiras, em alguns motores GEnx, foram fabricados a partir de material metálico em pó suspeito de conter inclusão de ferro”. Os motores GEnx equipam os aviões Boeing 787 e 747-8.
De acordo com a GE Aerospace, uma investigação do fabricante determinou que a inclusão de ferro foi introduzida durante o processo de fabricação devido a telas de filtragem de matéria-prima que se degradaram. A empresa também diz que não tem evidências de que o problema represente um risco imediato à segurança do voo, mas está adotando ações proativas para substituir os componentes afetados.
A proposta da FAA informa que apenas 13 motores em aeronaves registradas nos EUA foram afetados, resultando num impacto bastante limitado.
No entanto, o problema não se limita à família de motores de widebody. Em 23 de março, a FAA emitiu uma proposta separada dizendo que 38 Leap-1A adicionais – alimentando os Airbus A320neos – tiveram componentes fabricados com material suspeito de ter propriedades materiais reduzidas devido à inclusão de ferro.
A Agência de Segurança da Aviação da União Européia (EASA) também divulgou uma proposta em 29 de março, abordando o problema em alguns Leap-1Bs, que alimentam o 737 MAX. A EASA disse que, se não corrigido, o defeito pode levar à falha das partes afetadas, causando dano e reduzindo o controle do avião.