As autoridades dos Estados Unidos investigarão como as companhias aéreas protegem as informações pessoais de seus passageiros e se obtêm lucro ao compartilhar esses dados com terceiros.
Como informou a AP, o Departamento de Transportes anunciou na quinta-feira (21) que sua revisão se centrará nas dez maiores companhias aéreas dos Estados Unidos e abordará a coleta, manipulação e uso das informações de seus clientes.
“Os passageiros de companhias aéreas devem confiar que suas informações pessoais não são indevidamente compartilhadas com terceiros ou manipuladas inadequadamente pelos funcionários”, disse o secretário de Transporte, Pete Buttigieg.
Uma representante do grupo comercial Airlines for America (A4A) disse: “As companhias aéreas norte-americanas levam muito a sério a segurança das informações pessoais dos clientes e, por isso, possuem políticas sólidas, programas e infraestrutura de cibersegurança para proteger a privacidade dos consumidores”.
Ao anunciar a revisão, o Departamento de Transportes não fez acusações contra nenhuma das companhias aéreas nem mencionou nenhum incidente que poderia ter motivado essa ação. Um porta-voz disse que estava sendo feito “de forma proativa” para ajudar o departamento a determinar como proteger as informações dos passageiros.
O departamento informou que enviou cartas a cada uma das companhias aéreas – Delta, United, American, Southwest, Alaska, JetBlue, Spirit, Frontier, Hawaiian e Allegiant – sobre seus procedimentos para coletar e usar as informações dos passageiros, incluindo a “monetização dos dados dos passageiros, anúncios direcionados e prevenção de violação de dados”.
Também questionou as companhias aéreas sobre se receberam reclamações sobre funcionários ou contratantes que manipularam inadequadamente informações pessoais.
Delta, United, American, Southwest e Alaska encaminharam os questionadores para a declaração da Airlines for America. Allegiant, que não faz parte do grupo comercial, disse que a proteção dos dados de seus clientes é uma prioridade e acolheu a revisão pelo governo, relata a Associated Press.