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Avatar Airlines é rejeitada pela quinta vez; a saga continuará?

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A Avatar Airlines, que tem o ousado plano de explorar o transporte de passageiros de baixo custo (low-cost) dentro do território americano usando uma frota de Boeing 747, solicitou, pela quinta vez, permissão para iniciar operações do serviço. Mas parece que não deu certo.

Pela quinta vez em 28 anos, a empresa recebeu uma negativa para operar do Departamento dos Transportes Americano (DOT). Conforme informações do ch-aviation, a decisão do DOT ocorreu no último dia 28 de abril.

Para variar, o órgão federal encontrou deficiências em todas as áreas da empresa, porém, deu mais destaque à falta de evidências de que a companhia possua capital suficiente para suportar as operações propostas, o que o DOT considera uma “discrepância crítica” na avaliação de qualquer solicitante.

A Avatar Airlines não é um conceito novo. A empresa é uma marca da Family Airlines, fundada em setembro de 1992, mas que nunca alçou voo. A primeira solicitação para operar, recusada pelo governo americano, ocorreu em 1993.

Os anos passaram, mas a ambição não.

Em 2008, ainda com o nome de Family Airlines, e em 2014 e 2017, já com o novo nome de Avatar Airlines, a empresa já havia solicitado ao governo americano autorização para operação, sem obter sucesso.

A empresa mantém um site na internet que contém bastante informação. A verdade é que, à primeira vista, o negócio parece sério, mas basta começar a ler os planos de negócios para se notar os problemas. Cartas com erros de gramática e de ortografia, remetidas ao governo americano, não são um item difícil de encontrar.

Um desses ofícios foi enviado recentemente ao governo, onde um dos executivos da empresa descreve a Avatar como a empresa do futuro e que, para viabilizá-la, precisaria de uma pequena parcela da ajuda que o governo Trump está dando para as empresas aéreas. Que governo seria louco de colocar dinheiro num projeto que não parece se sustentar?

Segundo seu modelo de negócios, as passagens seriam ofertadas a valores baixíssimos, na casa de US$ 19 em ligações curtas (Las Vegas para Los Angeles), US$ 79 para voos costa a costa nos EUA (Los Angeles para Nova Iorque), e incríveis US$ 99 para voos com destino Ao Havaí. Para operacionalizar tudo isso, nada menos do que uma frota de aeronaves Boeing 747-400 ou 747-8I.

Obviamente que o dinheiro para manter a empresa não viria da receita com passagens aéreas, mas sim, de propagandas. Enfim, a maneira prevista em seu business plan para ganhar dinheiro seriam as propagandas, dentro e foram de suas aeronaves.

Para tanto, a empresa faria parcerias com marcas famosas do setor de consumo, como Pepsi, Apple, Starbucks, Google, Ebay e Burguer King. Estas parcerias iriam trazer receita para a companhia através de grandes anúncios no jumbo.

Pelo naipe das fotomontagens que você viu logo acima e do plano de negócios rocambolesco, chutamos que a empresa terá de fazer mais tentativas a fim de emplacar a ousada ideia.

Não tem pandemia que viabilize uma ideia como essa. Aguardemos os próximos capítulos da Avatar Airlines.

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