Aviação executiva bate recorde e tem seu melhor ano em meio à pandemia

Enquanto as empresas aéreas regulares batalhavam contra o vírus e as constantes mudanças e restrições de viagem, a aviação executiva decolou e voou alto como nunca.

As restrições de fronteira afetaram em cheio as empresas aéreas, que tiveram (e ainda têm) que lidar com cancelamentos repentinos por vários motivos. E enquanto os “mortais” não conseguem chegar ao seu destino, para os mais endinheirados, alguns bloqueios podem ser até a solução, já que alguns locais paradisíacos mundo afora chegaram até a permitir turistas, desde que chegassem por via aérea, e em jatinhos.

Dessa forma, a falta de jatinhos no final de ano no Brasil não foi algo localizado ou pontual, pois dados da WingX, empresa de consultoria especializada em tendências do setor aeronáutico, apontam um crescimento nunca visto na Aviação Executiva.

Apenas na América do Sul foi visto um aumento de 52% nas decolagens de aviões executivos nas últimas quatro semanas de 2021, comparado com o mesmo período de 2019, pré-pandemia.

Os chamados “jatos leves”, como os da família Phenom da Embraer, foram os que mais voaram no ano passado, com 662 mil decolagens, 15% a mais que em 2019. Enquanto isso, o rei dos voos tem sido o Bombardier Challenger 300, com 180 mil voos realizados em 2021.

Challenger 300

No geral, a aviação executiva cresceu e voou 7% a mais que 2019, e 47% a mais que no primeiro ano da pandemia (2020). Já a aviação regular de passageiros voou apenas 23% a mais que 2020, mostrando ainda uma fragilização, e estando abaixo 37% dos níveis pré-Covid.

O único setor que ultrapassou a aviação executiva foi o cargueiro, que manteve um crescimento estável de 8,3% comparado tanto com 2019 como 2020. Veja os dados completos.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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