A indústria de aviação civil da Índia experimentou um crescimento fenomenal nas últimas duas décadas e meia, à medida que o voo se tornou acessível para a classe média do país.
Esse crescimento foi impulsionado por fatores como o crescimento explosivo do setor de TI, acompanhado de altas receitas para empresas indianas, diferença cada vez menor de preço entre passagens de trem e passagens aéreas para longas distâncias, aumento na renda da classe assalariada, atração do Ocidente pelo mercado de aviação civil indiano e política de aviação civil voltada para o futuro.
De acordo com dados do governo indiano, o tráfego aéreo doméstico mais que dobrou, passando de 61 milhões de passageiros em 2013-14 para 137 milhões em 2019-20, antes da pandemia. O tráfego internacional de passageiros também aumentou de 47 milhões em 2013-14 para 67 milhões em 2019-20, com um crescimento anual de mais de 6%. Os números impressionam, mas refletem a força de uma população de 1,4 bilhão de indianos.
O número de passageiros aéreos domésticos diários na Índia atingiu o aumento máximo de todos os tempos em 19 de fevereiro, quando quase 445.000 pessoas embarcaram em voos em um único dia. O crescimento também é impulsionado pela melhoria da infraestrutura de aviação civil na Índia, com o número de aeroportos dobrando e chegando a mais de 140 nos últimos oito anos.
A Índia é agora o 7º maior mercado de aviação civil do mundo, e espera-se que se torne o terceiro maior mercado de aviação civil na próxima década.
A Política Nacional de Aviação Civil de 2016 visa criar um ecossistema para tornar o voo acessível para as massas, permitindo 500 milhões de passageiros domésticos até 2027 e 200 milhões de passageiros internacionais até o mesmo ano. Além disso, pretende estabelecer um ecossistema integrado que levará a um crescimento significativo da aviação civil, que por sua vez promoverá o turismo, aumentará o emprego e levará a um crescimento regional equilibrado.
Atualmente, o governo indiano alocou 31 bilhões de rúpias indianas para o ministério da aviação civil no Orçamento da União para o exercício financeiro de 2023-24. Esta alocação vai permitir que 50 aeroportos, heliportos, aeródromos aquáticos e áreas de pouso avançadas sejam melhorados para incrementar a conectividade aérea regional.
