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Dados atualizados da consultoria Cirium e da IATA mostram que há sinais de que a aviação está chegando ao limite em termos de quantidade de aviões parados. Somente em voos cancelados, já foram contabilizados 3,5 milhões.
As informações da Cirium e plotadas no gráfico abaixo têm mostrado que a quantidade de aviões a jato sendo desativados pelas empresas aéreas nos últimos dias parece ter chegado a um platô, deixando para trás a curva acentuada que vinha acontecendo até a semana passada.
Atualmente, há cerca de 17 mil aviões a jato parados ao redor do mundo, uma soma que corresponde a 64% da frota global. Tal dado reflete o fato dos países ocidentais estarem com suas operações aéreas reduzidas em até 90%, enquanto a China, que tem uma aviação muito forte, está voltando aos poucos.
Segundo a consultoria, os principais locais de armazenamento nos EUA – Roswell, Victorville e Marana – são os três principais do mundo, com um total combinado de pouco menos de 800 aeronaves. Os principais aeroportos internacionais de Delhi, Hong Kong e Istambul possuem cerca de 200 aeronaves cada. No total, há aviões parados em 900 localidades ao redor do mundo.
Por outro lado, a empresa destaca que houve um pequeno aumento líquido nas frotas em serviço dos Airbus A330 / A350 e Boeing 777 / 787, num reflexo direto da demanda por voos de carga na barriga das aeronaves. Numa análise ano/ano, os consultores comparam a utilização de outros grandes jatos, o Boeing 747 e o Airbus A380. Observe a queda brutal:
Se a quantidade de aeronaves paradas é enorme, o mesmo pode ser dito dos cancelamentos de voos. Após atualizar suas estatísticas sobre as perdas esperadas na receita do setor aéreo, a IATA também deu um novo número à sua projeção de voos cancelados. No total, do começo do ano até o fim de junho, um total de impressionantes 3,5 milhões de voos terão sido cancelados.
Além de tudo, ainda existe uma incerteza significativa sobre quando as restrições impostas pelos governos devido à covid-19 serão atenuadas e, além disso, se a demanda de viajantes a negócios e lazer se recuperará em seguida ou se levará muito mais tempo. Pelas projeções da IATA, a segunda opção parece a mais realista, denotando uma recuperação em “U”.
Continuaremos acompanhando a evolução desses números com a certeza de que essa curva começara a baixar dentro de pouco tempo.
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