A transportadora latino-americana Avianca Holdings informou que encerrará sua divisão no Peru e reduzirá a frota de outras operações, como parte da reformulação da empresa, a qual está sendo realizada após o pedido de proteção contra falência (uma espécie de recuperação judicial) aberto na data de ontem (10), nos Estados Unidos.
Segundo a companhia, o fechamento da operação peruana permitirá à Avianca “renovar seu foco nos principais mercados” quando a reestruturação estiver concluída.
A empresa explicou que não espera ter receitas semelhantes às obtidas antes da pandemia no curto prazo, uma vez que foi afetada pelo fechamento de aeroportos e fronteiras em todo o mundo. Além disso, a estrutura financeira atual obriga a empresa a tomar decisões difíceis como essa.
No pedido de proteção contra falência, o corpo diretivo afirma que um “número significativo” de aeronaves em suas várias frotas será excedente às suas necessidades. Após o choque inicial da demanda e um lento retorno ao serviço, as viagens aéreas se estabilizarão num nível de 20% a 30% inferior aos níveis pré-crise e esse cenário deverá durar um bom tempo.
Segundo La Republica, a Avianca Peru esclareceu que as rotas que operava não estarão mais disponíveis e garantiu que oferecerá “várias opções de troca” para clientes com bilhetes válidos.
Para com relação aos 906 empregados diretos, a empresa assinalou que “esse processo garante o cumprimento do pagamento de todos os benefícios sociais aos trabalhadores, que serão realizados pela empresa no âmbito da liquidação”.
“Esta decisão apoia os esforços de dimensionamento e permitirá à Avianca se concentrar em seus principais mercados, à medida que emerge de sua reorganização supervisionada”, afirmou a empresa ao jornal colombiano.
Antes da epidemia bater forte, a Avianca estava operando uma frota de 156 jatos – incluindo 143 aeronaves de passageiros e 13 de carga – mais 15 turboélices no final de 2019.