Avianca recebe sinal verde para criação da Regional Express Americas

ATR 72 da Avianca Argentina. Imagem: Rodrigo Néspolo

A Aeronáutica Civil colombiana autorizou a entrada em operação da nova companhia aérea de propriedade da Avianca, que fornecerá o serviço de transporte aéreo comercial secundário, isto é, em rotas não-tronco ou regionais. Dessa forma, quando o procedimento estiver concluído, ela começará a competir em um segmento anteriormente mantido por empresas como Satena, EasyFly e ADA.




Inicialmente, a empresa Regional Express Americas voará com aeronaves turboélice ATR-72 em sete rotas, seis das quais irão conectar a capital com cidades intermediárias, como Florença, Yopal, Ibagué, Manizales, Popayan e Villavicencio, e uma ligará Cali a Tumaco.

De acordo com a ata da Aeronáutica Civil, a operação terá início no final deste ano ou início do próximo, mas o planejamento ainda não está concluído. A empresa deve definir, entre outros detalhes, quais aeroportos serão atendidos, para verificação de disponibilidade de slots para estabelecer itinerários. Até agora, apenas o número de frequências semanais é confirmado, variando de três a 24.

A Avianca informou o mercado financeiro sobre sua intenção de criar uma nova companhia aérea em 19 de junho. Esta proposta entrou oficialmente nas mãos da Aerocivil no final de abril de 2018, para ser discutida no marco da segunda audiência pública de projetos do ano, realizada em 31 de maio.

Posteriormente, em 7 de junho, de acordo com os regulamentos aeronáuticos da Colômbia, o pedido foi estudado a portas fechadas no comitê de avaliação de projetos aero-comerciais da autoridade aeronáutica, onde se concluiu que seria aprovado, pois “Atende aos requisitos formais requeridos.”

A Avianca disse que, por enquanto, a nova companhia aérea é uma intenção e não será eficaz ou tangível “até que os processos obrigatórios sejam atendidos pelas autoridades”. Por isso, não forneceu detalhes da operação. Ainda não se sabe se 100% das ações são de propriedade da Avianca Holdings S.A.

Segundo especialistas consultados, a criação de uma subsidiária é geralmente uma estratégia das grandes companhias aéreas para manter uma estrutura de baixo custo e não sobrecarregar a empresa principal com toda a operação.




De acordo com o cronograma, o próximo passo será que a Regional Express Americas entregue à Aerocivil toda a documentação adicional necessária para formalizar a conformação da companhia aérea. Para isso, tem prazo de 90 dias, sem contar o tempo que leva para obter um certificado de operação, porque é uma nova empresa que vai atuar no mercado local.

Oscar Imitola, chefe de transporte aéreo da Aviação Civil, disse que a empresa terá 180 dias (prorrogável por 180 dias) para “abrir as suas portas ao público”, considerando que alguns dos procedimentos e planejamento levam tempo mesmo já tendo em mãos o certificado de operação (CDO) e as respectivas licenças. No caso de estender o prazo, o processo se estenderia bastante ao longo de 2019.

Antes da audiência em que a Avianca apresentou definitivamente a proposta perante representantes da indústria e do público em geral, diferentes áreas da Aerocivil pronunciaram-se a favor e contra o projeto, conforme requisito estabelecido pelo Código Comercial, e publicaram seu conceito sobre a viabilidade técnica, jurídica e financeira do projeto.

“O mais importante é o fator técnico, a questão da segurança. Além disso, há um aspecto legal, relacionado ao cumprimento de uma série de exigências quanto ao capital da empresa, sua força financeira, projeções de mercado e sua conformação, para que a empresa possa começar a trabalhar. Também é solicitado que especifique as rotas e frequências”, explicou Imitola, em referência ao primeiro estágio do processo.

 
Informações pelo El Espectador.
 

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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