Avianca se indigna após decisão de autoridade colombiana: “Querem tirar a Viva do mercado”

Depois que se soube na manhã desta segunda-feira, 12 de dezembro, que a Superintendência de Indústria e Comércio da Colômbia (SIC) formulou uma denúncia contra a Avianca, a Viva e a Viva Peru acusando-as de uma suposta integração comercial sem o aval da Aerocivil, a Avianca saiu respondendo que ambas as empresas não estão integradas e que tudo responde a uma estratégia de companhias aéreas concorrentes cujo propósito é “dificultar o resultado desta operação e assustar a Viva do mercado”.

“A Avianca cumpre e tem cumprido com todas as regulamentações aplicáveis ​​em relação ao controle de integrações” e “a transação sobre os direitos econômicos da Viva não constituiu uma integração. A Avianca e a Viva continuam a ser companhias aéreas totalmente independentes, que competem vigorosamente no mercado em benefício dos utilizadores”, afirmaram da Avianca através de um comunicado, apontando como “errôneos e imprecisos” os argumentos utilizados pela SIC e promovidos pelas companhias aéreas concorrentes.

Da mesma forma, a Avianca levou em consideração as preocupações expressas pela Aerocivil ao apresentar uma oferta de condições ampla, detalhada e, acima de tudo, inovadora. Na pendência da definição da Aerocivil, cada empresa manteve e continua a manter a plena independência”, continuaram da empresa.

Nesse sentido, enfatizaram que a Avianca e a Viva “nunca deixaram de competir e continuam a competir vigorosamente, como têm feito historicamente” e que “a Avianca carece completamente de influência ou controle sobre a Viva, e ao contrário do que é afirmado nos fragmentos do Resolução da SIC a que a companhia teve acesso, os números evidenciam a forte concorrência entre as duas companhias aéreas”.

Como cita o Aviacionline, a Avianca aponta que outras companhias aéreas de baixo custo vêm conquistando uma participação sustentada no mercado doméstico, e que na Colômbia “o mercado aeronáutico é um dos mais competitivos do mundo, com 30 companhias aéreas operando no país, 10 deles voando em rotas nacionais”.

A SIC havia declarado, por sua vez, que “a aquisição dos direitos econômicos de VIVA AIR e VIVA PERÚ pela INVESTMENT VEHICLE 1 LIMITED, controladora da AVIANCA, teria sido suficiente para constituir uma integração empresarial ou, pelo menos, o início de a execução da integração de negócios entre as companhias aéreas acima mencionadas. No entanto, a operação em questão não foi informada ou autorizada previamente à sua execução pela autoridade competente“. 

“Portanto, AVIANCA, VIVA AIR e VIVA PERÚ supostamente se envolveram em práticas restritivas à livre concorrência e podem ser penalizadas em até 100.000 salários mínimos legais vigentes, ou até 20 por cento de suas receitas operacionais ou até 20 por cento de seu patrimônio“, concluiu a autoridade.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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