
Um Boeing 777 que ficou preso na Ucrânia após a segunda invasão da Rússia em 2022, já voltou a ser utilizado em voos comerciais.
A agência de viagens polonesa Anex Poland iniciou voos charter de Varsóvia e Katowice para La Romana, na República Dominicana. Essas rotas são operadas pela companhia aérea ucraniana SkyLine Express, utilizando um Boeing 777-300ER configurado para 531 passageiros.
Os voos estão programados para ocorrer entre janeiro e abril de 2025, totalizando nove operações que transportarão mais de 9.000 turistas para esse destino caribenho. Esta aeronave é atualmente a de maior capacidade a operar tanto no Aeroporto de La Romana quanto nos de Varsóvia e Katowice.
O avião utilizado nesses voos, com matrícula UR-AZR, é uma das aeronaves recuperadas durante a invasão russa à Ucrânia. Inicialmente, o 777-300ER ficou retido no Aeroporto Internacional de Kiev/Boryspil, junto com aeronaves de outras companhias aéreas, devido ao fechamento do espaço aéreo ucraniano.
Em dezembro de 2023, a aeronave conseguiu deixar o país e foi armazenada temporariamente em Tarbes/Lourdes, na França. Posteriormente, foi transferida para Antalya (AYT) no final de 2024 para manutenção, antes de ser reativada pela SkyLine Express, como aponta o portal parceiro Aviacionline.
A recuperação de aeronaves tem sido um processo essencial para diversas companhias aéreas ucranianas impactadas pela invasão. Outras aeronaves recuperadas incluem modelos Airbus da Wizz Air e Boeing 737 da SkyUp, que também conseguiram sair do território ucraniano no mesmo período.
A SkyLine Express, anteriormente conhecida como Azur Air Ukraine, surgiu após a perda de controle das matriz russa Azur Air devido às sanções impostas durante a invasão.
Atualmente, a companhia aérea conta com uma frota ativa de 13 aeronaves, incluindo dois Boeing 737-800, um 737-900ER, dois 757-300 e um 777-300ER. No entanto, parte da frota, composta por um outro 737-800, outros três 757-300 e mais três Boeing 767-300ER, permanece imobilizada em Kiev.
A SkyLine Express se especializa em operar voos charter para agências de viagens, principalmente na Polônia e na Turquia, contribuindo para a retomada do setor turístico após as restrições impostas pelo conflito na Ucrânia.