A Neptune Aviation Services revelou que iniciou a conversão do primeiro Airbus A319 do mundo para operações de combate a incêndios florestais. Em parceria com a Aerotec & Concept, a empresa projeta que a nova aeronave esteja em serviço até 2027, marcando um marco significativo na modernização de sua frota.
Após dois anos de estudos detalhados e avaliações técnicas, a Neptune optou pelo A319 como base para sua nova frota. Esse processo incluiu meses de análise de estruturas aéreas, testes simulados de lançamentos de retardantes e a escolha criteriosa de Aerotec & Concept como parceira no projeto, como informa o portal Aviacionline.
Hoje em dia, apenas aeronaves deste porte fabricadas originalmente pela Boeing e pela McDonnell Douglas são utilizadas no combate a incêndios, por terem modelos mais antigos disponíveis a um custo menor no mercado, já que a conversão para a função de bombeiro é bastante cara.
“Como líder no combate aéreo a incêndios, estamos sempre focados na melhoria contínua”, destacou Jennifer Draughon, presidente da Neptune Aviation. “Embora nossa frota atual de BAe 146 seja uma das melhores do setor, começamos a planejar essa atualização há dois anos como parte do nosso compromisso de oferecer as melhores soluções aos nossos clientes.”
Draughon explicou que o A319 oferece vantagens significativas. “Seu maior tamanho e peso máximo de decolagem permitem uma capacidade superior de transporte de retardantes, o que melhora a eficiência operacional e aumenta a segurança de nossas tripulações, dos bombeiros em terra e das comunidades que protegemos”, acrescentou.
Johan Clochet, CEO da Aerotec & Concept, também destacou os benefícios do modelo. “A maior capacidade e as características avançadas do Airbus A319 fazem dele a opção ideal para combate a incêndios florestais. Nosso time está empenhado em otimizar a nova frota da Neptune para oferecer máxima eficiência e segurança”, afirmou.
A conversão do A319 permitirá que a Neptune transporte até 4.500 galões (17.500 litros) de retardante, um avanço significativo em relação ao limite de 3.000 galões (11.300 litros) do BAe 146. Além disso, o A319 tem maior capacidade de combustível, permitindo missões em áreas remotas fora da atual cobertura da frota com carga total.
A transição será gradual ao longo de vários anos, com a Neptune planejando operar entre 10 e 15 aeronaves, uma combinação de A319 e BAe 146, conforme as demandas do combate aéreo a incêndios evoluam. A Airbus oferecerá suporte integral ao longo do ciclo de vida dos A319, enquanto a Neptune continuará realizando testes rigorosos de desempenho para garantir eficiência máxima.
A iniciativa recebeu apoio de importantes parceiros, incluindo o Serviço Florestal do USDA, Cal Fire e a Divisão de Prevenção e Controle de Incêndios do Colorado. “Essas agências expressaram entusiasmo pela nova frota e estão ansiosas para incluí-la no inventário nacional de recursos de combate a incêndios florestais”, afirmou Draughon.
Com esta inovação, a Neptune Aviation reafirma seu papel como pioneira na modernização do combate aéreo a incêndios, combinando tecnologia avançada com sustentabilidade e segurança operacional.
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