Avião Embraer 170 tem problema de flaps na aproximação para o pouso

A trajetória do E170 devido ao incidente – Imagem: FlightRadar24

Um incidente com um Embraer 170 foi registrado neste último final de semana, quando a aeronave apresentou um problema no funcionamento de suas superfícies móveis de hipersustentação.

Conforme informações publicadas pelo The Aviation Herald, a aeronave envolvida foi o Embraer ERJ-170 registrado sob a matrícula SP-LDI, operado pela companhia aérea polonesa LOT Polish Airlines.

Embraer E-Jet E170 LOT Polish
Embraer 170 da LOT, igual ao envolvido no incidente – Imagem: LOT

O avião estava realizando o voo de número LO-417 de Varsóvia, na Polônia, para Genebra, na Suíça, na manhã do último sábado, dia 18 de setembro, e já fazia a aproximação final para o pouso na pista 22 do destino, cruzando cerca de 2.400 pés (730 metros) na descida, quando a tripulação iniciou uma arremetida e reportou problema de flaps.

Os flaps são as grandes estruturas móveis na parte de trás da asa, chamadas de superfícies hipersustentadoras, que aumentam a sustentação e o arrasto quando são abaixadas, permitindo um voo em menor velocidade, que facilita o pouso e reduz a distância necessária de pista.

Após a arremetida, os pilotos levaram a aeronave de volta para o nível de voo de 10 mil pés e a colocaram em trajetória de afastamento do aeroporto, enquanto consultavam as listas de verificação do Embraer 170 relacionadas ao problema apresentado e, sem a solução da pane, configuraram o jato para um pouso em maior velocidade.

Imagem: RadarBox

Por fim, cerca de 25 minutos após a arremetida, uma nova aproximação para a pista 22 foi executada e o avião pousou com segurança às 10h19 do horário local, com uma velocidade cerca de 25 nós (46 km/h) mais alta do que a normal.

Para o voo de retorno até Varsóvia, principal hub da LOT, o Embraer 170 partiu com um atraso de duas horas, mas cumpriu o voo normalmente, com uma velocidade de aproximação aparentemente normal segundo os dados das plataformas de rastreamento. Após o pouso, permaneceu por um dia e meio fora de serviço, possivelmente passando por intervenção de manutenção, antes de retornar às operações regulares da companhia.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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