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Em pleno interior de São Paulo, repousa um belo exemplar de Embraer E120, modelo de turboélice que contribuiu e muito para o crescimento da fabricante brasileira em seus tempos ainda estatais. Recentemente, ao vê-lo ali, com a fuselagem minimamente preservada, foi despertada a curiosidade de investigar um pouco mais sobre sua história.
Onde ele está
O clássico Embraer 120 “Brasília” hoje está num pedestal, imponentemente voltado para a Rodovia Washington Luís (SP-310), Km 233, entre as cidades de Rio Claro e São Carlos. Fica mais fácil de observá-lo para quem está se dirigindo rumo ao noroeste do estado, no sentido de Araraquara, São José do Rio Preto, Catanduva, Barretos, etc.
A verdade é que o turboélice chama bastante a atenção de quem passa na região. E o objetivo é esse mesmo, ser um chamariz para uma das unidade do Ferro Velho São Paulo, que pertence ao Grupo BIM, uma tradicional empresa com foco direcionado à compra e venda de sucatas, fazendo sua preparação para siderúrgicas.
E que avião é esse
Segundo informações do Aeromuseu, a aeronave em questão teve uma história de 19 anos, mas intensa, voando em apenas duas empresas aéreas. Fabricado pela Embraer em 1987, ele teve a matrícula brasileira PT-SKD, antes de iniciar sua jornada na aviação comercial.
A primeira empresa a operá-lo foi a regional americana Atlantic Southeast Airlines (ASA), que o recebeu diretamente da fábrica em 10 de setembro de 1987. Baseada na Georgia, EUA, a aérea operava para 144 destinos em nome da Delta Air Lines, muitos deles com seus turboélices Embraer. Anos mais tarde, a empresa viria a se fundir com a Express Jet, a mesma que deixou de existir nesse ano, após encerramento do contrato com a United Airlines.
Após 16 anos na ASA, a aeronave retornou ao seu país de origem para assumir voos da OceanAir a partir de agosto de 2003, com uma pintura rosa bastante característica e o prefixo PR-OAP. Voou por três anos em rotas regionais pelo Brasil antes de ser removida da frota em 2006 e ser armazenada em Sorocaba (SP).
Consta que, após sua aposentadoria, a aeronave poderia ser restaurada, mas isso não aconteceu e ela acabou canibalizada, com todo o seu interior, equipamentos e os dois motores PW-118 sendo repassados adiante. O que sobrou foi então encaminhado ao ferro velho, que o transformou num bonito banner.
A foto acima, incorporada do Flickr, tem autoria de Benito Latorre (IM).
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