Um Airbus A320 da easyJet pousou em Belgrado no dia 13 de novembro de 2019 com o nariz amassado, mas os especialistas não conseguiram determinar a causa imediatamente. No entanto, um relatório da Autoridade Sérvia de Investigação de Acidentes (CINS) finalmente lançou luz sobre o incidente.
O CINS descobriu que o radome (o nariz), que abriga o radar meteorológico e outros instrumentos, havia sido pressionado em uma largura de 92 centímetros devido à pressão do ar que o avião encontrou ao sobrevoar a Croácia. Faltava esclarecer o porquê da pressão ter amassado o nariz, já que é uma situação totalmente incomum.
Os investigadores descobriram que o radome em questão tinha um defeito e foi enviado para a Grã-Bretanha para reparos. Quando ficou pronto, os técnicos da empresa o instalaram no avião de registro HB-JXO, mas o reparo não foi realizado de acordo com o manual do fabricante. O CINS concluiu que a empresa não garantiu que todos os painéis alveolares do radome fossem substituídos.
“O objetivo do reparo é eliminar qualquer possibilidade de restarem painéis danificados”, de acordo com o relatório. Assim, todas as outras possíveis explicações, como colisão com pássaro voando, colisão com drone ou balão meteorológico, ou uma tempestade de granizo foram descartadas.
O relatório fez a lembrança de que os fabricantes de aviões e as empresas aéreas precisam seguir à risca as diretrizes de manutenção de componentes. A falha de seguir as diretrizes pode resultar em danos ao avião e colocar em risco os passageiros. A easyJet foi notificada sobre o incidente em Belgrado e disse que tomou medidas para garantir que o problema não ocorra novamente.