Mais um atraso na entrada em operação de um novo avião na Bolívia resultará numa operação incomum de um avião que usualmente transporte deportados dos EUA.
A Omni Air International é uma empresa de voos fretados que mantém grandes contratos com o governo americano, tanto para transporte de pessoal, incluindo militares, como também assistência humanitária, evacuação e deportação.
Os seus jatos Boeing 767 têm sido bastante acionados para trazer de volta brasileiros que foram apreendidos ilegalmente nos EUA, voando de tempos em tempos com centenas de deportados a bordo, que quase sempre têm como destino o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Agora, a Omni foi contratada pela Boliviana de Aviación (BoA), empresa de bandeira da Bolívia, para operar voos internacionais a partir de 12 de julho, enquanto os dois novos Airbus A330 da companhia não são certificados.
Após vários rumores e atrasos, a BoA finalmente recebeu o A330 para substituir de vez os seus jatos 767-300ER, que já eram antigos e ficavam muito tempo parados por manutenção.
O contrato prevê voos de 767-200ER de Santa Cruz de la Sierra (Viru Viru) para Miami e para Madri até que os dois jatos A330 da BoA fiquem prontos para operação. Apesar do novo avião ter São Paulo como destino previsto no futuro, a operação da Omni no Brasil deve continuar sendo apenas para o governo americano levando deportados para Confins.