A Espanha, Portugal e a França (em menor escala) tiveram que fechar partes de seus espaços aéreos por alguns minutos devido à entrada desgovernada na atmosfera de grande parte de um enorme foguete chinês usado para entregar o terceiro módulo da estação espacial chinesa Tiangong. O fato causou o atraso de centenas de voos.
Segundo a agência Reuters, quatro dias depois de decolar do sul da China, uma grande parte do foguete CZ-5B se partiu ao reentrar na atmosfera da Terra sobre o centro-sul do Oceano Pacífico, de acordo com autoridades espaciais europeia e americana. Os centros de operações de Vigilância e Rastreamento Espacial da UE (EU-SST), que monitoraram o retorno do fragmento à Terra, disseram que o estágio central do foguete tinha cerca de 30 metros de comprimento e pesava entre 17 e 23 toneladas.
Em comunicado, a autoridade espanhola disse: “Dada a entrada descontrolada de restos do objeto espacial chinês CZ-5B em órbita descendente cruzando nosso território nacional, a Enaire, de acordo com as recomendações da Agência de Segurança da Aviação da União Europeia e da agência interministerial diretorias lideradas pelo Departamento de Segurança Nacional, estabeleceram uma zona de exclusão do espaço aéreo de 100 km de cada lado da órbita do objeto espacial”.
Uma atualização posterior disse que o fechamento do espaço aéreo, que durou das 9h37 às 10h17, causou atrasos de meia hora nos voos. A operadora de aeroportos Aena, disse que 300 dos 5.500 voos programados em seus aeroportos foram afetados.
Os detritos aterrissaram inofensivamente no Oceano Índico, enquanto os restos do terceiro caíram no Mar de Sulu, nas Filipinas. Apesar de toda a mobilização, a China disse que tudo aconteceu de acordo com a normalidade e que não havia risco de danos à aviação.
