“O avião de todos os superlativos”, declara Corsair ao aposentar o Jumbo Boeing 747

Receba as notícias em seu celular, acesse o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Conforme temos visto nos últimos dias, a Corsair está acelerando a renovação e modernização de sua frota, e com isso antecipou a saída de seus únicos três Jumbos. Mas a empresa só tem elogios a fazer à trajetória do Boeing 747 em sua história.

Avião Boeing 747-400 Corsair
Imagem: Olivier Cabaret [CC]

Após mais de 30 anos de operações, a partida do último 747, nessa segunda-feira, 15 de junho, marca o fim da operação do Jumbo na empresa e na aviação francesa, e também o fim do uso de aviões da Boeing pela companhia aérea.

A retirada planejada dos 747, agora adiantada, já fazia parte da estratégia da Corsair e, portanto, confirma seu desejo de operar uma frota homogênea, composta exclusivamente pelo Airbus A330. A empresa considera que a nova frota trará mais flexibilidade em termos de frequências e permitirá à empresa operar aeronaves mais eficientes e mais ecológicas.

O último Boeing deixa a Corsair depois de transportar mais de 7 milhões de passageiros e percorrer uma distância total que corresponderia a voar mais de 2.000 vezes ao redor da Terra.

O ano de 1990 marcou o início da vida do Jumbo na Corsair, então reconhecido como a maior aeronave comercial do mundo. Era muito apreciado pelos clientes da empresa, em particular nos serviços às Antilhas e Ilhas Reunião. Também ficou bastante conhecido por passar frequentemente sobre a icônica praia de St. Maarten.

Avião Boeing 747-400 Corsair
O 747 na pintura antiga da Corsair, em St. Maarten – Imagem: Fran Jurado [CC]

Graças à sua espaçosa cabine, ao andar superior e aos 4 motores, o 747 tornou possível responder concretamente ao boom do tráfego e ao crescente congestionamento do céu. A Corsair oferecia configurações de até 592 assentos e movimentou de milhões de viajantes.

A lendária Rainha dos Céus transportou os clientes da empresa em todo o mundo realizando voos excepcionais por mais de 30 anos, seja em nome de peregrinos, voos médicos, missões especiais para o ONU ou operações culturais e esportivas.

O 747 também marcou as memórias de milhares de clientes que voaram para destinos distantes como Los Angeles, São Francisco, Tahiti e até Bangkok.

A Corsair foi uma das duas únicas transportadoras aéreas do mundo a operar todas as versões do 747, do -100 ao -400, incluindo o encurtado 747SP.

Avião Boeing 747-400 Corsair Rasante
O último 747 da Corsair, durante rasante na despedida

Precedido por seus dois irmãos mais novos, de matrículas F-GSUN e o F-GSEA, que partiram para a aposentadoria em 9 e 12 de junho, respectivamente, depois de transportar mais de 7 milhões de passageiros cada, o F-GTUI deixou a frota da Corsair ontem (veja, ao final, a matéria com os vídeos dos rasantes dele), ultrapassando o limiar emblemático de 100.000 horas de voo.

Introdução de aeronaves de última geração

Para a Corsair, a saída do 747 é o sinal de uma nova era que está se abrindo e que melhorará significativamente a eficiência operacional da empresa. De fato, a companhia programou por mais de um ano a renovação e modernização de sua frota, para receber todos os 5 Airbus A330neo já encomendados que integrarão a frota gradualmente, dependendo da recuperação da demanda.

Essas aeronaves que substituirão o Jumbo, que são muito mais econômicos em consumo de combustível, permitirão progressos muito significativos em termos de proteção ambiental. A pegada sonora da decolagem também será reduzida, em cerca de 60%.

A Corsair ainda informa que, a cada ano, também contribuirá para melhorar sua pegada de carbono em 94.000 toneladas de emissões de CO2 por avião. Finalmente, as emissões de substâncias nocivas emitidas pelos motores do A330neo serão 18,5% menores que o padrão da ICAO, uma diferença de 32% para o 747.

Pascal de Izaguirre, CEO da Corsair, declara que a empresa agora está abrindo uma nova página em sua história e em seu futuro, que estão sendo construídos com uma frota mais moderna, mais eficiente e mais competitiva, sendo também uma prova do compromisso de contribuir para a transformação de um setor da aviação mais ecológico e sustentável.

Mas o CEO não economiza no elogio sobre o que foi o Jumbo para a companhia aérea: “O 747 terá sido na Corsair o avião de todos os superlativos, seja em termos de quilômetros, horas ou número de clientes que desfrutamos do transporte.”

Informações oficiais da Corsair

Receba as notícias em seu celular, acesse o canal AEROIN no Telegram e nosso perfil no Instagram.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias