Aviões dos EUA e da Venezuela se encontram em Palmerola para transferência de deportados

Uma transferência de deportados venezuelanos será realizada hoje em Honduras, envolvendo duas grandes aeronaves de países que não possuem relações diplomáticas.

O governo do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, tem acusado o governo americano de maltratar os venezuelanos apreendidos por estarem em situação ilegal nos EUA, incluindo o envio de parte deles para uma prisão de segurança máxima em El Salvador.

Por esse motivo, os voos operados por companhias aéreas americanas com deportados venezuelanos para Caracas foram proibidos, e o governo Maduro passou a utilizar aviões da companhia aérea estatal Conviasa para fazer o “resgate” de seus cidadãos.

No mais recente impasse, Maduro se recusou a enviar os aviões da Conviasa para os EUA e, dias atrás, utilizou o Airbus A340-600 da companhia para buscar centenas de venezuelanos que não conseguiram atravessar a fronteira americana a pé e estavam no México.

Agora, outro voo está sendo realizado, desta vez em coordenação com Washington, que enviou um Boeing 767-300ER da Omni Air International para se encontrar com o A340-600 da Conviasa “no meio do caminho”.

A transferência ocorrerá no Aeroporto Internacional de Palmerola (Comayagua), em Honduras, que substituiu o antigo Aeroporto de Tegucigalpa, que tinha uma pista pequena e uma aproximação bastante desafiadora para os pilotos.

No novo aeroporto, que é maior, está localizada a Base Aérea de Soto Cano, operada pelos militares americanos e o principal ponto de apoio logístico de Washington na América Central.

Nas próximas horas, o A340 da Conviasa, com o registro YV3554, pousará nesse aeroporto civil-militar, e logo depois será a vez do 767-300ER de matrícula N342AX. Até o momento, não foi informado o número de deportados no voo da Omni.