Informações divulgadas na semana passada sobre uma ocorrência de 18 de abril revelaram que dois aviões turboélices Cessna 208 Caravan estiveram a poucos metros de uma colisão no ar na aproximação final, depois que cada piloto entrou no circuito de pouso sem contato visual com o outro, informou o Flight Global.
A colisão foi evitada poucos instantes antes de ocorrer, depois que o operador do serviço de comunicação do aeroporto percebeu que as duas aeronaves estavam descendo simultaneamente em direção à pista, uma poucos metros acima da outra.
Nenhum dos dois pilotos estava ciente da presença do outro e o operador avisou para que a aeronave mais alta executasse uma arremetida.
Uma das aeronaves estava realizando pouso depois de mergulhar após lançamento de pára-quedistas no aeródromo de Sibson, perto de Peterborough no Reino Unido. A outra aeronave, operada pela mesma empresa, estava realizando treinamento de pilotos e realizando um circuito.
As condições visuais prevaleciam e os procedimentos de ver e evitar estavam em vigor, uma vez que o espaço aéreo não era controlado. Mas o design de asa alta do Cessna 208 e a posição das aeronaves, uma acima da outra, teriam limitado a visibilidade dos pilotos.
Como o operador de comunicação não estava habilitado a fornecer informações de tráfego, ele apenas havia perguntado se o piloto da aeronave superior havia entendido completamente as limitações do serviço de comunicação.
Mas as transmissões de rádio ar-solo não atingiram seu objetivo de fornecer consciência situacional suficiente para as aeronaves que ingressam no circuito visual – em parte porque uma chamada crucial da aeronave inferior, de que estava em aproximação final, não havia sido ouvida pela aeronave superior.
“Como resultado, o modelo mental do piloto superior foi de que não havia outras aeronaves na final e, portanto, ele era o número 1 a pousar”, afirmou o Conselho de investigação. Quando a aeronave mais baixa chamou novamente porque estava em aproximação final, o piloto superior interpretou a chamada como significando que esta aeronave estava atrás dele.
“Todos os envolvidos destacaram os perigos de conduzir operações altamente dinâmicas em aeródromos movimentados”, disse o Conselho.
A análise considerou que a natureza pressionada das operações de pára-quedas – a necessidade de retornar rapidamente ao campo de pouso para pegar mais paraquedistas com um atraso mínimo – gera um “senso de urgência doentio”.
O conselho diz que o controle operacional deve garantir flexibilidade suficiente dentro do cronograma de lançamento de pára-quedas e uma “cultura adequadamente justa” dentro do sistema de gerenciamento de segurança, para que os pilotos se sintam confortáveis em abandonar uma “aproximação íngreme” nos circuitos quando não tiverem certeza, em vez de sucumbirem ao interesse da “conveniência programática”.
Ambos os pilotos envolvidos no incidente afirmaram que as operações de paraquedismo seriam mais seguras se o aeroporto parasse outro tráfego no circuito durante o período entre mergulho e aterrissagem.