O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, concedeu recentemente uma entrevista ao Neofeed, na qual diz que sua empresa atingiu um novo patamar de eficiência operacional mediante a redução de custos de pessoal e renegociações. Indagado sobre a Azul, o executivo reforçou que a concorrente “só quer atrapalhar” e que “age na defensiva”.
Enxuga
Na conversa, Cadier comentou sobre um plano de enxugamento de custos fixos que já vem acontecendo há anos. Entre os exemplos que cita a terceirização de funções de solo (por exemplo, manuseio de bagagens), a redução pela metade (de 2.000 para 1.000) dos funcionários do administrativo desde 2018 e, por fim, a redução geral do quadro de funcionários de 21 mil para 16 mil durante a pandemia.
Ele diz que passar pelo processo de reorganização é complexo e duro, mas também diz que isso ajudou a empresa a trabalhar em renegociações de contratos que não conseguiria num ambiente de negócios “normal”. Como exemplo, ele cita a revisão de todos os contratos de leasing de aeronaves.
Todo esse corte de custos fixos e menos provisões dá flexibilidade para que a empresa consiga ver viabilidade em abrir novas rotas. Ele comenta que, antes da pandemia, operava em 44 destinos e que fechará 2021 com 50. Isso seria possível porque, com menos custos, rotas que seriam prejuízo certo, agora poderão ser lucrativas (ele exemplifica citando Jericoacoara e Presidente Prudente).
AZUL
O entrevistador indagou sobre a abordagem hostil da Azul, que disse aos quatro ventos que compraria a Latam e chegou a articular com credores. Cadier, no entanto, respondeu que não vê nada de errado no que a Azul fez e que é parte do mundo dos negócios, apenas lhe fazendo gastar tempo.
Para Cadier, o que a Azul faz é apenas atrapalhar e o faz por medo, “pois sabe que a Latam sairá muito mais forte do Chapter 11”. O executivo ainda complementa dizendo que sua empresa terá uma abordagem “violentíssima” e que vai morder mercados da Gol e da Azul.
A entrevista completa está disponível no site do Neofeed.
