A nova privatização da TAP Air Portugal pode ser atrapalhada por uma contestação que está sendo feita pela Azul Linhas Aéreas. A aérea brasileira era uma das acionistas da companhia portuguesa, quando o empresário David Neeleman foi um dos sócios do governo de Portugal na primeira privatização da TAP, desfeita no início da pandemia.
O jornal português Diário de Notícias teve acesso a uma petição feita pela Azul nesta semana para o garantidor do empréstimo feito à TAP. Neste documento, a empresa brasileira afirma que vários termos do contrato não estão sendo cumpridos, que incluem o fato de que a TAP SGPS (sociedade gestora de participações sociais) não tem mais participação na TAP S.A., que de fato é a companhia aérea portuguesa.
Por este motivo, a Azul pede que seja convocada uma assembleia extraordinária para debater o caso, podendo inclusive pedir a execução antecipada da dívida, que em 2016 era de €90 milhões de euros, mas dado a taxa de juros de 7,5%, já está na casa dos €165 milhões.