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Apesar da maior crise da aviação comercial, o mercado de carga aérea segue muito aquecido. É nesse setor que a Azul Linhas Aéreas encontrou um trunfo e vem crescendo, e deseja se tornar a líder.
Em entrevista à Forbes, Douglas Pacheco, Gerente de Planejamento de Cargas da Azul, disse que a empresa oferece um serviço de “primeiro quilômetro, último quilômetro”, cobrindo toda a entrega de uma carga, não apenas entre aeroportos.
Segundo o executivo, Amazon, FedEx e UPS fazem este serviço e ganham muito dinheiro com isso. Ele também entende que o Brasil precisa dessa estrutura e pensa que é necessário que as companhias aéreas se reinventem, não ficando limitadas ao transporte de passageiros.
Este serviço de porta-a-porta da Azul Cargo utiliza o aplicativo SmartKargo, que fornece de maneira rápida e eficiente a cotação, rastreamento e logística a ser feita para transporte de uma carga.
Em junho, o volume de carga da Azul subiu 40% quando comparado ao mês de maio. Isto foi impulsionado pelo serviço da empresa para Manaus, que conta com um voo diário de Boeing 737, e em quatro vezes na semana o Airbus A330 complementa a capacidade levando carga no porão.
Inclusive, em breve, a empresa terá o primeiro Embraer E-Jet cargueiro a sua disposição, como revelamos com exclusividade, que será empregado para levar cargas de pequenos volumes pelo Brasil, em complemento aos dois 737-400F da empresa.
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Brasileiro leva muita bagagem, limitando serviços
Um ponto levantado por Douglas é a questão do uso de porão de aeronaves de passageiros, como é o caso do A330, utilizado na rota em complemento ao menor, o A320neo.
Nos EUA, em torno de 20% do porão de carga é ocupado por bagagem, devido à cultura do americano de levar o mínimo de pertences possível, mesmo havendo cobrança para levar bagagem de mão nos bagageiros da cabine.
Por sua vez, no Brasil, este número é da ordem de 50%, deixando menos espaço para as bagagens e fazendo com que os aviões sempre saíam muito pesados. “Brasileiros levam mais bagagem, em particular nos voos para Manaus, vários passageiros despacham as malas, deixando um espaço limitado para a carga do comércio virtual, os porões saem cheios, a demanda é incrível”, afirma o executivo.
“As companhias aéreas já são uma indústria antiga e o e-commerce é algo novo. A Amazon Air é um exemplo de como estas duas indústrias se cruzam e como se constrói uma companhia aérea para integração de modais logísticos. No Brasil a Azul segue pelo mesmo caminho com esse plano”, diz Rob Britton, consultor da SmartKargo.