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B737 faz descida de emergência de 34 mil para 10 mil pés em 8 minutos sobre o oceano

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Os pilotos de um Boeing 737 precisaram colocar a aeronave em uma rápida descida de emergência nesta terça-feira, 26 de janeiro, após uma anormalidade em voo sobre o Oceano Atlântico.

Segundo reporte do The Aviation Herald, a aeronave envolvida foi o Boeing 737-400F registrado sob a matrícula TF-BBN, operado pela Bluebird Nordic. Ele cumpria o voo de carga de número BO-6810 de Dublin, na Irlanda, para Keflavik, na Islândia.

O jato tinha a bordo 3 tripulantes e 7,2 toneladas de carga, e já mantinha o nível de cruzeiro de 34 mil pés (FL340) por cerca de 40 minutos, na região sudoeste das Ilhas Faroe, quando a tripulação iniciou um retorno e uma descida de emergência para 10 mil pés (FL100), que durou pouco mais de 8 minutos e 30 segundos.

O Boeing 737 terminando sua descida minutos após o retorno – Imagem: FlightRadar24

O destino mais próximo para o desvio emergencial era Aberdeen, na Escócia, para onde a aeronave voou mantendo os 10 mil pés e então pousou com segurança na pista 16 cerca de 50 minutos após deixar o FL340, às 8:52 do horário UTC (5:52 de Brasília).

Os Serviços de Emergência em Dublin e Aberdeen informaram que foram alertados sobre uma aeronave com uma possível “dificuldade de pouso”.

Apesar disso, a companhia aérea informou que a tripulação agiu de acordo com os procedimentos após verificar o problema em questão, e que a aeronave e a tripulação nunca estiveram em perigo e pousaram normalmente.

Segundo registros do FlightRadar24, o Boeing 737 ainda está no solo em Aberdeen até a publicação desta matéria, cerca de 9 horas após o pouso.

Embora não haja informações detalhadas sobre a pane que levou à necessidade da descida de emergência, tal procedimento de redução rápida de altitude geralmente é utilizado quando há problema com a pressurização da aeronave, uma vez que em níveis mais baixos a pressão externa é mais próxima daquela suportável pelo corpo humano e a quantidade de oxigênio na atmosfera permite a respiração sem necessidade de fornecimento artificial do gás.

Problemas de pressurização podem ser causados, por exemplo, por falha no sistema de fornecimento do ar pressurizado, que é retirado em alta pressão do compressor do motor e controlado pela válvula de sangria (‘bleed valve’), ou por falha da válvula de escape (‘outflow valve’), que pode travar e não mais abrir e fechar corretamente para ajudar a regular a pressão dentro da fuselagem.

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