Bahamasair considera o Embraer E195 muito pequeno para substituir seus antigos Boeing 737-700

Boeing 737-500 da Bahamas Air – Imagem: BriYYZ, CC BY-SA 2.0, via Flickr

A Bahamasair está explorando uma estratégia de renovação de frota para substituir suas antigas aeronaves Boeing 737-700, avaliando o Boeing 737 MAX e outras opções. A CEO da companhia aérea, Tracy Cooper, comentou sobre a necessidade de modernização para melhorar a eficiência de combustível e apoiar a economia do país, fortemente dependente do turismo, destacando o Boeing 737 MAX como principal candidato.

Cooper enfatizou que, embora confiável, a frota atual da Bahamasair carece da eficiência de combustível dos modelos mais novos. “O 737-700 nos serviu bem, mas as novas aeronaves oferecem melhorias operacionais de até 20%”, observou o executivo.

A possível atualização para a série MAX alinha-se às tendências da indústria da aviação, à medida que as companhias aéreas procuram reduzir os custos de combustível e minimizar o impacto ambiental. Com maior alcance e capacidade de assentos, o MAX também poderia apoiar as ambições regionais e internacionais da Bahamasair, informou o Aviacionline.

Embora a companhia aérea ainda não tenha se comprometido com um modelo específico, o Boeing 737 MAX destaca-se como uma opção viável para atender à crescente demanda dos Estados Unidos e do Canadá, mercados essenciais para o turismo nas Bahamas. Cooper ressaltou que, embora o MAX reduzisse os custos operacionais, a decisão exigiria planejamento de longo prazo para garantir a integração perfeita nas operações da companhia aérea.

Explorando modelos alternativos: Airbus A220 e Embraer E195

Além do MAX, a Bahamasair também avalia outros modelos de corredor único, como o Airbus A220 e o Embraer E195. O design eficiente do A220 poderia ser vantajoso para rotas regionais; no entanto, o Embraer E195 foi considerado “muito pequeno” para atender às crescentes necessidades de capacidade da companhia aérea. “Embora o E195 seja uma aeronave sólida, sua capacidade de assentos não está alinhada com nossos planos de expansão”, explicou Cooper, observando que a capacidade e a eficiência operacional são considerações essenciais na revisão da frota.

A introdução de novos modelos de aeronaves exigiria ajustes em todas as operações da Bahamasair, desde o treinamento de pilotos até os protocolos de manutenção. Cooper destacou que a expansão da frota deve estar alinhada ao desenvolvimento da infraestrutura nas Bahamas, que inclui vários aeroportos menores.

O aeroporto de Nassau, reconhecido como um dos melhores da América Central, está preparado para um aumento na atividade, mas os aeroportos menores das Ilhas Familiares podem precisar de atualizações para suportar novos modelos de aeronaves maiores.

Desafios mais amplos de conectividade regional

Além das considerações sobre a frota, Cooper abordou os desafios de conectividade no Caribe, apontando a necessidade de alianças mais fortes entre as companhias aéreas regionais.

As pequenas populações insulares e o financiamento limitado muitas vezes dificultam viagens tranquilas entre as ilhas caribenhas, e líderes governamentais e da aviação têm discutido iniciativas para fortalecer o transporte inter-regional.

Ao olhar para o futuro, Cooper vislumbra crescimento sustentado pela modernização e pelo alinhamento estratégico com as necessidades de viagens regionais e internacionais. A atualização da frota é crucial para fortalecer a conectividade e promover a resiliência econômica do setor de turismo nas Bahamas.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.

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