Balão passa do lado de avião da Azul que pousava no Rio de Janeiro

Um balão foi avistado passando bem próximo de um avião da Azul Linhas Aéreas no Rio de Janeiro na manhã deste sábado (7). Um passageiro compartilhou as imagens e o depoimento com o AEROIN.

O objeto, que tem soltura proibida no Brasil e representa um enorme risco para a aviação, foi avistado por um passageiro que estava a bordo do voo AD-4908 de Belo Horizonte para o Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, que era operado por um jato Embraer E195 E1 da Azul.

Segundo o passageiro relatou ao AEROIN, o avião teria parado de fazer uma curva, esperada na navegação do voo, a fim de se afastar do balão enquanto sobrevoava a região de Bangu, se aproximando do aeroporto central carioca.

Dados do RadarBox indicam que o avião estava numa altitude próxima de 7 mil pés (2,1km) nesta região, e o balão estava mais alto do que a própria aeronave, como pode ser visto no vídeo abaixo.

Soltar balões não tripulados é crime no Brasil, mas a prática tem pouca punição, e com a aproximação das festas juninas no próximo mês, as ocorrências deste tipo têm aumentado:

Balão é crime

“Com base no ordenamento jurídico, a soltura de balões é considerada crime em várias situações, pois coloca em risco as aeronaves, dificulta ou até inviabiliza a navegação aérea, conforme estabelecido no art 261 do Código Penal(Decreto-Lei 2.848/1940). Além disso, esta atividade pode ser considerada como crime ambiental, se enquadrado no art 42 da Lei 9.605/98, pois pode causar incêndios em áreas florestais e urbanas“, relata o Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (DECEA), órgão vinculado à FAB.

A colisão em voo de uma aeronave com um balão poderia ter efeitos catastróficos. Desta forma, soltar balões mesmo aqueles sem fogo, ditos ecológicos, representa um real perigo para a aviação por manter como principais elementos de sua periculosidade a não controlabilidade, a ausência de visualização pelos radares e a impossibilidade de interrupção do voo.

Além de efeitos adversos à segurança operacional da aviação, os balões não tripulados podem acarretar mudanças não programadas na malha aérea, impactando a pontualidade de voos e do sistema como um todo, acarretando perdas econômicas significativas e degradando a qualidade dos serviços aos usuários do transporte aéreo. 

É importante citar o perigo que os balões não tripulados causam aos aeroportos, principalmente em sua área operacional que concentra aeronaves, pessoas, combustíveis e outros materiais inflamáveis.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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